Na sexta (11), Roberto Castello Branco divulgou em comunicado que a Petrobrás fechou acordo no valor de R$ 148, 5 mi para a compra e venda de óleo diesel marítimo da BR, empresa que o mesmo Castello Branco privatizou no início 2019.
O contrato foi assinado no dia 2 deste mês com vigência de 1.095 dias, prorrogável por mais 730. Para o economista Cláudio da Costa Oliveira, aposentado da Petrobrás, trata-se de “mais uma maracutaia”.
“Me causou estranheza o fato da Petrobrás comprar um óleo que provavelmente foi fornecido por ela mesma”, afirma Oliveira, que lembrou de outro caso esquisito: em outubro passado em um comunicado, que podemos chamar de atrasado, a direção da Petrobrás informou que por solicitação da BR tinha sido feito distrato – em maio deste ano – do contrato de compra e venda do óleo fornecido especificamente para termoelétricas no valor aproximado de R$ 4 bi. A vigência desse contrato seria até março de 2022. Conheça esse documento: Acordo Petrobras-BR-2020
Sem explicar as motivações para esses contratos, Castello Branco segue cumprindo os mandos do governo Bolsonaro: destruir a Petrobrás. “A meu ver, estas ocorrências estranhas fazem parte do plano de entrega de importantes ativos, construídos ao longo de décadas pelos brasileiros, para o capital estrangeiro, num processo lesa-pátria que tem que ser gradual de forma que quando o povo brasileiro se der conta, o fato já estará consumado”, avalia Oliveira.