Por Igor Mendes
O discurso de déficit na AMS em paralelo ao déficit da PETROS foi para implantar uma justificativa para o ataque no ACT 2017 que impôs a meta de custeio global (a 70/30), e com isso o risco do negócio da Petrobras e a possibilidade de haver déficit a ser cobrado dos trabalhadores, aposentados ou não. Talvez, a melhor abordagem fosse: PETROBRAS SEMPRE CONTROLOU PETROS E AMS. Na PETROS, sua gestão implicou e implica em déficits recorrentes nos PPSPs e nos PEDs que massacram a categoria. Na AMS, em 2017 “inovou”, impondo um custeio global de 70/30 e a possibilidade de déficit a ser cobrado dos beneficiários do plano, quebrando a característica tanto da parcela Grande Risco – que funcionava como seguro, quanto do Pequeno Risco – que em suas tabelas específicas, limitavam os custos contra os trabalhadores. Em 2020, agravou muito estes custos: impôs a relação 40/60 para 2021 e, em perspectiva, 50/50 para 2022. Para completar o ataque, reverteu 13 Bilhões das reservas atuariais da AMS para o lucro dos acionistas, ainda no balanço de 2020. Os trabalhadores engoliram o prejuízo da pandemia e também do ataque ao seu plano de saúde, enquanto o gestor Bolsonarista apregoava, falsamente ao mercado, uma redução de custos, uma melhor eficiência, e não um ataque brutal contra os trabalhadores, uma quebra do contratado com a categoria.
Igor Mendes – diretor do Sindipetro-RJ.