Passados 30 dias da apresentação de sua vergonhosa proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a direção da empresa insiste em manter o ACT atual somente até o dia 10 de novembro
Mesmo após a rejeição praticamente unânime da categoria, o RH não se mexeu para preparar uma nova proposta, deixando claro o desrespeito total da direção da empresa com os trabalhadores!
Depois dos cinco sindicatos filiados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) rejeitarem aciçamente a proposta da direção da Petrobrás, na manhã da última segunda-feira (9), a FNP enviou um ofício para o RH da Petrobrás. No documento, a Federação solicitou uma nova rodada de negociações, além da apresentação de uma nova proposta de ACT.
Em resposta, a truculenta gestão do RH informou que não haveria mais reunião por não haver uma nova proposta para apresentar naquela ocasião.
Ou seja, o recado é: “aceitem-se nossas migalhas ou nada”.
Diante disso, a direção da FNP deliberou várias ações, dentre elas: realização de seminários regionais, entre os dias 17 e 23 de outubro, para qualificação da greve por tempo indeterminado; realização de atos e mobilizações exigindo que a empresa retome a negociação com nova proposta; promoção de palestras sobre o equacionamento da Petros; continuidade das caravanas da FNP; e ato contra os leilões de entrega do nosso petróleo.
Retirar direitos históricos para privatizar
Na proposta, a direção da Petrobrás propõe reajuste salarial de 1,73%; cortar pela metade a remuneração de horas extras, atualmente remuneradas em 100%; propõe fim do Adicional do Estado do Amazonas; 0% de reajuste para os Benefícios Educacionais; propõe a retirada do auxílio-almoço com a migração obrigatória para o Vale Refeição/Vale Alimentação; para piorar a situação reajusta a tabela de Grande Risco da AMS em 34%; fim da Gratificação de Campo Terrestre; fim do Benefício Farmácia; fim do Programa Jovem Universitário; pagamento de 2/3 da gratificação de férias na forma de abono; fim da promoção por antiguidade de Pleno para Sênior nos cargos de nível médio, dentre outras perdas.
Unidade Petroleira
Está mais do que claro que o atual cenário exige a Unidade Petroleira na luta, a partir de um grande encontro que reúna todos os sindicatos petroleiros do Brasil, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a FNP e seus sindicatos filiados. Não há como fugir disso, pois o tempo urge e a direção da Petrobrás, sob os auspícios de Temer e a batuta de Pedro Parente, acelera o processo de retirada de direitos e rebaixa o ACT dos petroleiros com uma proposta indecente às vésperas da entrada em vigor dos retrocessos trabalhistas em 11 de novembro.
A conjuntura exige união e bom senso em prol dos petroleiros e petroleiras da ativa, aposentados e pensionistas participantes da Petros e contra o processo de desmonte do sistema Petrobrás. Por isso, propomos uma agenda de lutas dentro do sistema Petrobrás
com a FUP e demais sindicatos petroleiros, bem como outras categorias em luta, tanto no Rio de Janeiro, como pelo Brasil. Assim, temos como objetivo construir uma ampla unidade que
conflua para uma greve nacional petroleira, contribuindo para uma greve geral no país. É preciso derrubar o mal maior: a política de Pedro Parente e Temer, que pretendem privatizar a Petrobrás e retirar direitos.