Petrobrás: trabalhadores x acionistas

Ao negociar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com os petroleiros, a hierarquia bolsonarista na Petrobrás usa todos os artifícios possíveis para privilegiar quem já ganha mais, como por exemplo o limite de apenas uma remuneração no valor da PLR, mas mantém o Programa de Prêmio por Performance que beneficia especialmente os gerentes.

Uma das mudanças que a empresa apresentou na proposta de PLR deste ano foi a distribuição dos lucros e resultados atrelada ao desempenho de cada empresa e não de forma única pelo sistema Petrobrás. A FNP indica a rejeição da proposta e reivindica que a PLR seja calculada com base no lucro líquido e com metas negociadas (http://www.fnpetroleiros.org.br/noticias/6252/fnp-indica-rejeicao-da-proposta-de-plr).

Petrobrás beneficia acionistas com lucros compatíveis com a geração de caixa

O Conselho de Administração da Petrobrás aprovou na terça (27) a revisão da Política de Remuneração aos Acionistas. Agora, quando se verificar redução de dívida líquida nos 12 últimos meses, poderá ser apresentada proposta de distribuição de dividendos. Mas quem vai decidir se este procedimento vai preservar a sustentabilidade financeira da empresa é a própria administração da empresa.

Dividendos extraordinários

Se o endividamento bruto for inferior aos US$ 60 bi, com as alterações passa a ser possível o pagamento de dividendos extraordinários, superando o dividendo mínimo legal obrigatório ou o valor anual apurado.

O Sindipetro-RJ é contra uma Petrobrás a serviço exclusivo dos acionistas e luta por uma PLR compatível com o trabalho desenvolvido pelos petroleiros.

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