Na tarde deste domingo (23/06), a diretoria do Sindipetro-RJ se uniu a manifestantes e movimentos feministas contra o PL-1904, projeto de lei que equipara o abordo feito após 22 semanas de gravidez ao crime de homicídio, mesmo nos casos em que a gestação é resultante de um estupro.
Durante o ato, os diretores do sindicato caminharam ao lado de organizações sociais, partidos políticos e representantes da sociedade civil levando a mensagem “Petroleiras unidas contra o PL dos estupradores – #CriançaNãoéMãe”.
A diretora do Sindipetro-RJ Ana Paula Baião ressaltou que o PL criminaliza as mulheres que sofreram estupros e optem por fazer um aborto. “Isso é muito complicado, ainda mais porque o PL não passará por nenhuma das comissões dado ao regime de urgência da tramitação e quem vai pagar por isso são as mulheres negras, pobres e principalmente meninas vítimas de abusos” explicou Ana Paula.
O PL defendido pela extrema-direita traz graves retrocessos na luta pelos direitos reprodutivos das mulheres. A matéria teve a urgência aprovada em menos de 30 segundos com uma manobra do presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Desde então, o projeto batizado como “PL do estupro” ganhou atenção da sociedade e da opinião pública.
Com a pressão, Lira foi obrigado a recuar, pautando a matéria para o 2º semestre. No entanto, as mulheres querem mais que este recuo do legislativo ou até mesmo o arquivamento da pauta e pediram durante a manifestação a descriminalização e legalização do aborto.
O ato demonstrou a força e potência das mulheres que marcaram presença massiva na orla das 11h às 15h. Neste domingo, também houve protesto contra o PL em São Paulo.