A categoria petroleira do Litoral Paulista rejeitou a proposta de acordo coletivo do TST e aprovou greve a partir do dia 16, seguindo o indicativo da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
A decisão foi tomada nesta quinta-feira (10) em assembleias na sede (Santos), subsede (São Sebastião) e grupos de turno das áreas operacionais. Ao longo da semana, também foram consultados os trabalhadores offshore nas plataformas, embarques e desembarques no Aeroporto de Jacarepaguá (RJ). No total, foram 809 contra a proposta do TST, 312 a favor e 1 abstenção. Já em relação à greve, foram 663 votos a favor, 154 contra e 3 abstenções.
Empresa apela para cargos de confiança
Apesar do Estatuto do Sindicato vedar o voto de cargos de confiança, em virtude de um mandado de segurança – recebido pelo sindicato minutos antes da assembleia – os gerentes, coordenadores e supervisores também votaram. Uma vez que a validação desses votos ainda será objeto de debate na Justiça (sub judice), eles foram apurados separadamente – não sendo incorporados aos votos dos demais trabalhadores.
No total 133 cargos de confiança votaram a favor da proposta do TST e nenhum deles aprovou a greve. Ou seja, mesmo na hipótese de validação dos votos de chefia, a decisão da maioria dos petroleiros do Litoral Paulista não será alterada.
A categoria, que vem contribuindo decisivamente para a companhia conquistar recordes de produção e lucro, apresenta uma reivindicação legítima e justa: nenhum direito a menos! Caso a direção da Petrobrás não atenda às demandas dos petroleiros e petroleiras, a categoria entrará em greve nacionalmente.
Contra a retirada de direitos, em defesa da Petrobrás, do pré-sal e do patrimônio nacional!
Fonte: Sindipetro-LP