Petroleiros na luta contra desmonte do refino

De luto e na luta, os petroleiros do Rio de Janeiro, vestidos de preto, realizaram nesta quarta-feira (16), no EDISEN, um ato em protesto contra a venda de refinarias, dutos, terminais, FAFENS, campos terrestres e retirada de direitos dos trabalhadores da Petrobrás.

Com a presença de mais de 200 pessoas, o evento foi promovido pela Comissão de Base local que aprovaram de forma simbólica seu repúdio ao desmonte do sistema Petrobrás promovido por Pedro Parente e Cia.

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“A partir de um interesse em desintegrar a Petrobrás tem se falado que a única área da Petrobrás que é sustentável é a de E&P (Exploração e Produção). Essa falácia tem se repetido pelos atuais gestores da empresa, e isso não é verdade. A Petrobrás é uma empresa integrada que gera valor, lucro, independente do preço do petróleo no mercado internacional. No mundo, as empresa que são integradas obtém seus maiores lucros a partir da aérea de refino e distribuição. A geração de caixa da Petrobrás é pujante, acima de US$ 25 bi por ano, independente do preço do barril do petróleo estar acima de US$ 100, como ficou três anos e meio, ou em patamares mais baixos” –  disse Felipe Coutinho, presidente da AEPET, presente ao ato.

Com o anúncio da venda das refinarias cai por terra o discurso da direção da empresa que dizia vender ativos para pagar dívidas.

“O Pedro Parente e a direção da Petrobrás assumiram publicamente a intenção de acabar com o suposto monopólio da Petrobrás no setor de refino. Esse monopólio não existe, pois foi quebrado em 1997 no governo de FHC. Essa direção está entregando 25% do mercado de refino aos concorrentes que não investem um centavo na construção de qualquer refinaria no Brasil. Com isso, apequenam o caráter estratégico da Petrobrás e não podemos deixar isso acontecer” – falou Natália Russo, diretora do Sindipetro-RJ.

Mobilizações já começam nas bases da FNP

A categoria está em alerta desde que ameaça de demissão ficou iminente, por conta do anúncio da privatização de quatro refinarias (duas no nordeste e duas no sul do país), além de 12 terminais Transpetro e o fechamento das Fafens. Tudo isso apenas confirma o que os Sindicatos e  FNP (Federação Nacional do Petróleo) já denunciam há tempos: que o processo de desmonte da Petrobrás está em curso e em ritmo acelerado.

Os petroleiros e petroleiras do Grupo 1 e do horário administrativo da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos (SP), aprovaram, na manhã desta quarta-feira (16), assembleia permanente e estado de greve contra a privatização, em defesa dos empregos, da Petros e dos direitos da classe trabalhadora. Além disso, os trabalhadores atrasaram a entrada em duas horas.

Um dia após paralisar a Refinaria de Cubatão, o Sindipetro-LP atrasou nests quarta a entrada de petroleiros diretos e terceirizados do Tebar – terminal da Transpetro localizado em São Sebastião.

As mobilizações são fruto do calendário de lutas aprovado no último dia 9, aqui no Rio de Janeiro, durante Plenária Nacional ampliada de petroleiros, articulada pela FNP com a presença de petroleiros de base, oposições e entidades como AEPET e associações de aposentados.

 

 

 

 

 

 

 

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