Com a presença de mais de 250 pessoas, na manhã da última sexta (20) foi realizada a 2ª plenária do Fórum Unificado em Defesa da Petros, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) , que discute estratégias contra a proposta de equacionamento do déficit do Plano Petros (PPSP), que chega atualmente a mais de R$ 27 bi. “Precisamos entender que ninguém vai conseguir fazer nada sozinho. Estamos aqui como um grupo na luta em defesa da Petros e da categoria petroleira, pois essas entidades unidas colocam em prática uma linha de ação coordenada” – enfatizou Adaedson da Costa, coordenador da FNP e presidente do Sindipetro-LP. O fórum agrega entidades representativas como AEPET (Associação de Engenheiros da Petrobrás), Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Grupo em Defesa dos Participantes da Petros (GDPAPE) e a Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas e Anistiadas do Sistema Petrobrás e Petros (Fenaspe).
“O participante não pode pagar esse dé- ficit da forma como ele é proposto, com o aumento da contribuição que vai triplicar. Além disso, esse valor não será deduzido no IR. O participante não pode ser considerado responsável pela formação dessa dívida” – disse Marcos Coelho, advogado da FNP na abertura do encontro.
Pela proposta, quem ganha R$ 10 mil na ativa terá um acréscimo de desconto no plano da Petros de 13,5%. Já quem ganha R$ 5 mil, por exemplo, descontará 4,73% a mais. Já o aposentado com benefício de R$ 10 mil terá uma contribuição a mais de 19,2%. Por sua vez, o aposentado que ganha R$ 5 mil terá um acréscimo de 6,7%. Já o pensionista com salário de R$ 2 mil terá que contribuir a mais com 4,5%. De acordo com a legislação e resolução do Conselho de Gestão de Previdência Complementar, o déficit deverá ser equacionado paritariamente entre a Petrobrás, a Petrobrás Distribuidora (BR) e a Petros, que são as patrocinadoras, e os participantes e assistidos do PPSP. Hoje, o Plano conta com 83 mil participantes e 64 mil assistidos.