Reunidos no auditório do Sindicato dos Bancários na noite desta terça-feira 31, representantes de entidades dos movimentos sindical e social do Rio referendaram a proposta de realização de um grande ato unificado em 10 de novembro – Dia Nacional de Protestos, Lutas e Paralisações contra as reformas trabalhista e previdenciária e o desmonte de estatais.
A concentração para o ato será na Candelária, a partir das 16h, de onde trabalhadores de inúmeras categorias — como petroleiros, bancários, comerciários, metalúrgicos, portuários e servidores das três esferas — seguirão em passeata pela Av. Rio Branco até a Cinelândia.
Convocado e organizado por centrais sindicais como CSP Conlutas, CUT e CTB, além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o Dia Nacional de Protestos, Lutas e Paralisações tem como um dos objetivos reconstruir a possibilidade de nova greve geral contra a perda de direitos. Os petroleiros também estarão presentes na luta por um ACT digno, sem perda de direitos.
A orientação da plenária é que o maior número possível de categorias paralisem suas atividades no próximo dia 10/11, integrando-se também nas panfletagens de convocação para o ato unificado na Candelária.
Retomando a luta contra as reformas de Temer
“O dia 10 será mesmo para retomarmos a necessária luta contra as reformas trabalhista e previdenciária e em defesa dos nossos direitos. Precisamos não só de paralisações, mas de um bom ato unificado”, afirmou a professora Florinda Lombardi, da rede pública de ensino do Rio.
Representando a CSP Conlutas, Heitor Fernandes reforçou o chamado à mobilização. “Com as atividades do dia 10/11 vamos alavancar a luta para construir uma nova greve geral. A Federação dos Sindicatos de correios, a Fentect, já orientou a busca da paralisação. É o caminho para derrotarmos o atual governo”, disse.
Acumulando forças para a greve geral
Membro da direção nacional da CUT, Virginia Berriel destacou a urgência de ações unificadas. “Temos que ter unidade, na prática, se quisermos realmente derrotar as reformas impostas pelo governo. Só existe esse caminho. Caso contrário, vamos perder ainda mais direitos”, completou.
“Se tivéssemos feito outras greves fortes como a do dia 28 de abril, talvez o Temer já não estivesse mais onde ainda está. O que nos resta é a luta direta. Temos que nos mobilizar e acumular força para avançar”, frisou Roberto Simões, professor da rede pública e dirigente do Sepe-RJ.
“A luta é que muda a vida”, afirma trabalhador
Ex-dirigente do Sintrasef-RJ, o servidor público Vitor Madeira também apontou a mobilização como único caminho. “A saída para a classe trabalhadora não é esperar as eleições de 2018. É lutar, aqui e agora, em defesa de direitos e contra as reformas. A hora é essa”, afirmou, sob aplausos.
“Os ataques que estamos sofrendo são múltiplos e não poderão ser enfrentados apenas com greves isoladas. Por isso é tão importante construirmos a unidade entre as categorias. As eleições de 2018 não vão mudar a nossa vida. A luta é que muda a vida”, completou Luiz Fernando Carvalho, servidor do INSS.
Da plenária participaram representantes dos trabalhadores da Cedae, INPI, UFF, Uerj, Educação, Saúde e Previdência, Intersindical e organizações como Movimento Marxista 5 de Maio (MM5), PCML, PSTU, PSOL e PC do B.