Na tarde de terça-feira (15/10), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se reuniu com o RH da Petrobrás para tratar da primeira proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para o ano de 2024
A holding manteve as limitações do último acordo de PLR, com a relação piso X teto chegando à diferença superior a quatro vezes. Assim sendo, o valor mínimo da PLR ficaria limitado a seis remunerações ou até R$45 mil no piso (o que for menor); e o teto do pagamento fica mantido em até três remunerações, podendo chegar a R$180 mil. Essa proposta discrepante foge da bandeira histórica defendida pela FNP, que é o pagamento máximo (6,25% do lucro líquido ou 25% dos dividendos distribuídos aos acionistas) e igual para todos os trabalhadores. Outra novidade foi que a Petrobrás também propôs a vigência de dois anos para este novo acordo de PLR (2024-2025).Em resumo foi uma proposta bem rebaixada, bem abaixo da expectativa, que não contempla os anseios da categoria e tampouco valoriza o trabalho que os empregados e empregadas vêm desenvolvendo ao longo dos anos, que tem resultado em alta produtividade para a Petrobrás.
Mais um ponto decepcionante da rodada de negociação foi que as empresas subsidiárias PBIO e TBG não apresentaram propostas de PLR, sob a justificativa de que ainda negociam com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), do governo federal, para realizar essa prática – já a Transpetro indicou acompanhar a proposta rebaixada da holding, contudo, sem ter formalizado em mesa. Ainda sobre a Transpetro, persiste o problema de a subsidiária ter o seu resultado apartado dos números da holding, como já foi apontado diversas vezes pela FNP, de modo que os trabalhadores da empresa de logística vão receber menos, dadas as diferenciações entre os índices e a tributação.
Filé só para os gerentes?
Sobre o PPP/PRD é preciso discutir a remuneração variável como um todo! A categoria tem direito de saber o que a Alta Administração reserva para os seus gerentes, antes de decidir sobre a PLR.A FNP e a própria FUP entendem que as propostas de PLR devem ser integradas entre todas as empresas do Sistema Petrobrás. Portanto, neste momento, exigimos que a Petrobrás apresente propostas para todos os trabalhadores do Sistema – da holding, da Transpetro, da TBG e da PBIO.