Queremos uma PLR Justa, mas a luta pela redução do preço dos combustíveis, pela Petrobrás 100% estatal, pelo Plano Petros, contra a venda de ativos e a perda de direitos continua!
Em reunião na noite de ontem, segunda-feira (18), a diretoria colegiada do Sindipetro-RJ decidiu convocar assembleias para a próxima semana. Durante a reunião, aberta à categoria, ficou mais que evidente a necessidade de união dos trabalhadores da Petrobrás e Transpetro, para retomar a greve nacional petroleira. Precisamos barrar a política de destruição de nossa empresa, que continua na gestão Ivan Monteiro.
Diante da posição da Petrobrás de desrespeitar e descumprir nosso Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) indicamos a rejeição da proposta de PLR, que privilegia gerentes e achata os ganhos dos trabalhadores. Propomos, ainda, a realização de mobilizações contra a farsa do conceito de remuneração que a empresa tenta impor.
Nas assembleias os trabalhadores decidirão também se o Sindipetro-RJ deverá ou não tomar alguma medida jurídica em relação a questão.
Qual é a sua “remuneração”?
A principal questão é que a proposta ignora – ou frauda – o acordo coletivo assinado. Nele, está escrito que, no caso de não haver lucro (e nem vamos entrar neste mérito), temos direito a metade da PLR anterior mais meia “remuneração”. Acontece que a Petrobrás retorce seu próprio conceito de remuneração, retirando, por exemplo, as horas extras e o auxílio almoço, desse cálculo. Sem respeitar o parâmetro piso-teto e a remuneração, a proposta cria a maior distorção de todos os tempos.
Na proposta dos gestores, gerentes podem chegar a ganhar 20 vezes a mais que nós, pobres mortais. Se a Petrobrás quisesse, poderia, por exemplo, fazer nova proposta, achatando o teto e aumentando o piso. Mesmo que isso não representasse uma proposta “justa” ou de acordo com o regramento, mostraria outra postura do RH.
Participe das assembleias!
Vamos à mobilização e retomar nossa greve. Não vamos baixar a cabeça. Nossa tarefa é muito maior, é defender nossos empregos e carreiras, a Petrobrás estatal, a Petros, nosso ACT e ajudar a construir uma grande greve nacional em protesto contra a entrega do Brasil, suas estatais, suas riquezas e sua tecnologia ao capital internacional.
*Errata: Na edição do Boletim 76 foi publicada erroneamente a data de 26/06 para o Grupo do H.A, Port. 1
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