A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e sindicatos filiados aguardam um novo posicionamento da Petrobrás em face da ampla rejeição, pelas assembleias da categoria, da proposta de PLR da empresa. Nas assembleias da base do Sindipetro-RJ, a proposta de abono mixuruca da Petrobrás foi rejeitada por 374 votos contra, 170 a favor e 15 abstenções. Além de dizerem NÃO à proposta da empresa, os petroleiros referendaram a contraproposta da FNP.
A proposta de PLR da empresa não pode sequer ser chamada de ‘Participação nos Lucros’, uma vez que desvincula o valor a ser distribuído da realização de lucros e resultados da empresa, estabelece o teto de uma remuneração e implanta o PPP com objetivo de remunerar em proporção geométrica justamente os maiores salários (leia-se: da alta gestão), em detrimento da maioria esmagadora dos petroleiros. Com o PPP, um executivo pode chegar a ganhar mais de mil vezes o menor salário praticado na companhia. É o ‘prêmio’ para que os gestores continuem desempenhando o lamentável papel de implementar o desmonte e a privatização do Sistema Petrobrás.
Até aqui, nenhum sindicato ou federação, tendo realizado ou não assembleias, aderiu ao acordo de PLR, segundo informações preliminares.