Federação Nacional dos Petroleiros critica desigualdade entre as propostas da Petrobrás holding e das subsidiárias e propõe unidade de luta das federações na busca por isonomia e justiça na distribuição dos lucros
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) acredita na importância de a categoria construir a rejeição à segunda proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada pela Petrobrás.
A principal crítica está na disparidade entre os valores oferecidos pela holding e pelas subsidiárias Transpetro, TBG, PBIO, Termobahia e ANSA.
Para a FNP, a isonomia no pagamento de PLR entre as empresas do Sistema Petrobrás é imprescindível para que os trabalhadores avancem nas negociações com a Companhia.
As diferenças nas propostas demonstram falta de reconhecimento dos esforços coletivos dos trabalhadores nas diferentes empresas do Sistema.
A FNP também destaca que a casta da elite de gestores do Sistema Petrobrás continua recebendo valores desproporcionais e inaceitáveis em relação aos empregados da base.
Convite à unidade na luta
A FNP faz um chamado à Federação Única dos Petroleiros (FUP) para a construção conjunta de uma contraproposta a ser apresentada à Petrobrás.
A proposta unificada teria como objetivo garantir:
- Isonomia no Sistema Petrobrás, independentemente da forma, assegurando compensações para diferentes taxações;
- Um valor médio de PLR entre 6,25% do lucro líquido e 25% dos dividendos pagos;
- Uma relação piso-teto que resgate os limites históricos e considere a remuneração global dos gestores;
- PLR plurianual com gatilho anual sobre o lucro.
A unidade de luta entre as federações é vista pela FNP como essencial para fortalecer a posição dos trabalhadores e rejeitar, nas assembleias, a proposta atual da empresa.
A FNP também reivindica que a PLR proporcional seja paga aos trabalhadores e trabalhadoras que se encontram ou realizaram curso de formação em 2024.
Lucros exorbitantes para poucos, migalhas para muitos
A FNP critica duramente o modelo atual de distribuição de lucros no Sistema Petrobrás, em que os acionistas privados e gestores recebem quantias exorbitantes, “mordendo a maior parte da fatia”, enquanto os trabalhadores, os principais responsáveis diretos pela geração de riqueza da Companhia, acabam dividindo somente as “migalhas”.
Apenas com uma distribuição justa dos lucros será possível corrigir essas distorções de modo a reconhecer e valorizar o papel fundamental dos trabalhadores e trabalhadoras no sucesso da empresa.
Próximos passos
A Federação Nacional dos Petroleiros acredita que, com a unidade das entidades representativas da categoria nesta luta da remuneração variável, será possível pressionar a Petrobrás a rever sua atual proposta e a avançar nas negociações em prol de condições mais equitativas para todos os trabalhadores.
A luta pela isonomia no acordo de PLR de 2024 entre as empresas do Sistema Petrobrás não é apenas uma questão de justiça, mas também de respeito ao esforço coletivo dos petroleiros e petroleiras que fazem da Petrobrás uma das maiores empresas do mundo.
Fonte: FNP