Um dos alvos do projeto de privatizações do governo Bolsonaro, os Correios sofrem com a desconstrução de sua imagem que segue sendo espezinhada por integrantes do governo federal. Uma verdadeira falta de respeito aos mais de 100 mil funcionários da empresa. Hoje, os Correios do Brasil têm quase 100% de avaliação positiva de qualidade operacional em rankings internacionais. Desde 2017, os números da empresa se apresentam positivos, contrariando os argumentos dos que defendem sua privatização, alegando que a empresa seria deficitária.
Os Correios não têm monopólio de mercado
Nesta semana, em uma palestra para empresários, o ministro Paulo Guedes falou: “Qual é a dúvida de privatizar os Correios? Lá nasceu o mensalão. Ninguém escreve carta”. Ainda, afirmou haver “oito caras” interessados em comprar os Correios. Ora, se fosse uma empresa corrupta e com um mercado a explorar decadente, haveria interessados em investir e comprar esse “mau negócio”? Aí residem as maiores mentiras disparadas contra os Correios, isto é, que seja um antro de trabalhadores corruptos, que detenha o monopólio de mercado e que ainda seja ineficiente e incapaz de competir.
A corrupção foi contra os Correios e não a seu favor e deveria ser obrigação de Guedes e Bolsonaro combatê-la sem poupar seus aliados. Sanear e não vender a preço vil. Também, não são as cartas pessoais que sustentam as operações dos Correios ou que são objeto de cobiça de seus concorrentes, mas o mercado de encomendas em que não há qualquer monopólio ou impedimento à entrada de competidores, que não o risco de concorrer e enfrentar a eficiência e menores preços dos próprios Correios. A corrupção não tem limites e o descaso com o patrimônio público fica explícito quando querem retirar do mercado competitivo uma empresa pública que vem se impondo perante toda a incompetência da concorrência nacional e internacional.
É bom lembrar que os Correios foram avaliados entre as três instituições mais confiáveis para a sociedade ao lado da família e dos bombeiros. Além disso, os Correios do Brasil não utilizam qualquer recurso do Tesouro Nacional, bem como o fundo de pensão de seus trabalhadores é custeado pelos próprios, juntamente com a parcela da empresa. E se políticos e banqueiros roubaram o fundo de pensão dos trabalhadores deve-se investigar, processar, condenar, multar, prender e confiscar todos os bens de corruptos e corruptores e das “empresas” vinculadas para retomar os recursos e garantir a devida, e mais do que justa, indenização.
Greve dos Correios
Toda nossa solidariedade! Nesta terça-feira (10) foram realizadas assembleias que deflagraram a greve dos Correios. É a primeira estatal levada a sair em luta perante muita intransigência, falta de negociação e contra a retirada dos poucos direitos da categoria, imposta por Bolsonaro como parte de sua estratégia para facilitar a privatização da empresa.
Também, por isso, a categoria petroleira, através do Sindipetro- RJ e da FNP, se solidariza à Greve dos trabalhadores dos Correios do Brasil por estar submetida às mesmas mazelas e ataques dos governos, bem como a uma campanha de calúnias e fakenews que trabalham para confundir a opinião pública e comprometer a imagem da empresa e sua pronta defesa pela conjunto da sociedade.
Diante dos fatos que já vivenciamos contra Petrobrás e o conjunto dos trabalhadores, vislumbramos que logo poderemos estar juntos e em greve na defesa de nossos direitos. Na defesa de empregos, da aposentadoria e da dignidade para toda a Classe Trabalhadora.
Que já estejamos unidos e em luta no ato em defesa dos Correios no dia 26 de setembro em Brasília!
Petroleiros de todo o Brasil!