Queda de helicóptero em pouso forçado provoca morte em região próxima à plataforma da Petrobrás na Bahia

Segundo comunicado da Petrobrás, a aeronave terceirizada levava 12 trabalhadores a bordo e fazia o percurso entre o Aeroporto de Salvador /BA e a plataforma Manati, de extração de gás natural, que fica na Baía de Camamu. Um tripulante faleceu no pouso forçado

As causas do acidente, ocorrido na manhã de quarta-feira (16/03), ainda não foram identificadas. Em nota, a Petrobrás informou que 13 pessoas estavam no veículo de transporte, Os outros tripulantes foram resgatados com ferimentos leves, segundo o informe publicado no site da empresa. Sobre o tripulante que morreu só se sabe até o momento que ele tinha 58 anos de idade.

O UOL apurou que o número, no entanto, é diferente do que foi informado pela empresa. A Polícia Militar da Bahia diz ter transportado 11 feridos em duas aeronaves do Graer (Grupamento Aéreo).

Ainda na nota, de forma lacônica, a gestão da Petrobrás disse que “os órgãos competentes já foram comunicados. Uma comissão será formada para apurar as causas do incidente” – informou.

Dados preliminares apontam que o helicóptero estava chegando para pousar na Plataforma de Manati (PMNT-1) quando aconteceu o sinistro. O helicóptero é um modelo S-76 C++, pertencente à Líder Aviação, empresa terceirizada com sede em Belo Horizonte (MG). A aeronave estava programada para executar outros três voos durante o dia para a mesma plataforma.

No dia do acidente o helicóptero tinha quatro voos programados, o que mostra o grau de precarização do equipamento.

Sindipetro-RJ fez alerta sobre precariedade de helicóptero no Rio

No último 10/03, o Sindipetro-RJ encaminhou carta ofício (63/2022) para a gestão da Petrobrás em que empregados dos navios-sonda NS-32, NS-39 e NS-49 denunciam a precariedade do serviço de transporte aéreo nas unidades off-shore, pois somente uma aeronave atende essas unidades, e que com frequência ficam sem desembarque pois o helicóptero apresenta problemas de manutenção diariamente.

Recebemos denúncia que os empregados que embarcam nos Navios Sonda NS-32, NS-49 e NS-39 estão ficando sem desembarque frequente, pois apenas uma aeronave faz a troca destas três unidades e há mais de um mês a aeronave quebra diariamente. Quando questionado pelos trabalhadores, alegam que por determinação contratual não podem colocar outra aeronave. Solicitamos que a Petrobrás, operadora do Campo de Mero, verifique o plano de manutenção da aeronave e providencie a apuração dos fatos para evitar um futuro acidente” – denuncia a carta. ofício.

Com o acidente e morte, o alerta que o Sindipetro-RJ fez ganha mais peso e se avalia que o problema com as aeronaves pode ser recorrente em mais bases pelo país.

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Não bastasse os riscos de contaminação por conta da COVID-19, os trabalhadores em plataformas ainda têm que lidar com a precariedade do serviço de transporte, correndo risco de vida.

O Sindipetro-RJ se solidariza à família e aos colegas do tripulante falecido e aos demais feridos neste acidente na Bahia.

Imagem Líder Aviação

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