Regramento da PLR e Tabela de Turno das refinarias: enrolação da empresa

 

Depois de 3 semanas de atraso, direção da Petrobrás trava o debate e impõe restrições aos trabalhadores

Durante a reunião de negociação nesta sex­ta-feira (29), a gestão de RH da Petrobrás apresentou um novo regramento para o pa­gamento de PLR, bem rebaixado em relação ao apre­sentado em 2018, e que na prática extingue a PLR, abandona toda construção histórica sobre o tema, divide a força de trabalho ( privilegiando os que pos­suem função gratificada) e desatrela seu valor do lu­cro líquido da companhia, estabelecendo um teto de uma remuneração por empregado.

Diante disso, a FNP defendeu o resgate do que já existe acumulado sobre o tema (relação piso/teto, atrelamento ao lucro líquido, etc…) e se comprome­teu a enviar uma contraproposta para a empresa.

Tabela de Turno

Sobre a Tabela de Turno, a empresa se negou a estabelecer um prazo para a consulta às bases, en­cerrou as negociações e definiu que irá iniciar a vo­tação das novas tabelas a partir do dia 7 de dezem­bro. A empresa também não se posicionou quanto a apresentar solução para o possível passivo traba­lhista que o tema pode gerar.

Ainda na mesa de negociação, a FNP ressaltou a importância dos trabalhadores participarem do processo de construção ou alteração de qualquer tabela, principalmente os trabalhadores que se­rão atingidos pelo efeito da implantação da nova tabela de turno, uma vez que o trabalho de tur­no é penoso, sobretudo, realizado em condições insalubres e periculosas, muitas vezes afetando até as condições de saúde mental do trabalhador.

Enrolação

Nesse contexto, vale lembrar que nas últi­mas negociações, em todas as mesas, a direção da Petrobrás tem utilizado um falso argumento de que a negociação da PLR teria que fechar até o final do ano para valer no ano seguinte. Veja por si que no acordo do BB, (http://bit.ly/PLR­BB1819) a assinatura e o pagamento se dão no mesmo ano.

É necessário ficar claro para a categoria que, mais que nunca, esta direção atual da empresa não quer negociar, apenas impor.

Somente a conscientização da categoria po­derá reverter todo esse jogo.

 

Fonte FNP

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