O Sindipetro-RJ, em nome da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), e de seus sindicatos filiados presta solidariedade às famílias, e denuncia mais uma barbárie da polícia de Cláudio Castro
Nesta manhã de quinta-feira (01/07) cerca de 400 famílias do “Campo de Refugiados Primeiro de Maio”, uma ocupação localizada no município de Itaguaí-RJ em uma área abandonada que pertence à Petrobrás, sofrem um violento processo de remoção a partir de uma ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) que cumprem um mandado de reintegração de posse obtido pela empresa.
Por volta das 7h50, policiais e moradores se enfrentaram durante a tentativa dos agentes de retirarem o portão.Policiais jogavam água e bombas de efeito moral para dentro do acampamento. Do outro lado, moradores jogavam objetos e tentavam resistir.
Pouco antes das 8h, policiais com escudos conseguiram passar pelo portão e entraram no acampamento, após confronto com os moradores. Após o início da desocupação, diversas barracas pegaram fogo.
O Sindipetro-RJ, em nome da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), e os seus sindicatos filiados presta solidariedade às famílias, lembrando o caráter desumano de uma ação policial deste tipo que despeja e agride pessoas em meio a pandemia da COVID-19. A hierarquia da Petrobrás, por sua vez, mostra uma face perversa ao coadunar com a violência policial para justificar a retomada de um terreno abandonado que deveria ter utilidade social em um momento como este.
Enquanto a direção da Petrobrás vende a preço de banana seus ativos e subsidiárias, faz questão de mostrar o seu desprezo para quem precisa, quando no estado do Rio de Janeiro não há qualquer inciativa de política habitacional, com o governador adotando o “deixa na rua” como podemos observar diariamente nas ruas.
A ocupação conta com apoio de entidades sindicais, e por conta disso a hierarquia da Petrobrás demitiu de forma sumária o dirigente sindical do Sindipetro-NF, Alessandro Trindade, que organizou uma ação solidária de doação de alimentos no local.
Certamente, o presidente da Petrobrás, o general Silva e Luna, nomeado pelo genocida Jair Bolsonaro, quer garantir a entrega do terreno para mais um especulador que vai abocanhar o patrimônio da empresa.
imagem reprodução TV Globo