Enquanto rebaixa o ACT da categoria petroleira, se mostrando irredutível nas negociações, a direção da empresa aumenta os ganhos dos peixes grandes, na esteira do famigerado RVE e do PPP.
Segundo reportagem publicada na “Isto É – Dinheiro”, o novo diretor de Transformação Digital e Inovação, Nicolás Simone vai custar à Petrobras até R$ 1,9 milhão, no período de outubro de 2019 a março de 2020. A remuneração foi aprovada nesta segunda-feira (30/09), pelos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
Nicolás é uruguaio, começou a carreira na Inbev (Grupo Ambev), é ex- superintendente de Sistemas e Gestão do Itaú Unibanco, onde permaneceu por três anos, e foi executivo do grupo Boticário de onde saiu em abril deste ano. Beneficiou-se das mudanças nas regras que agora permitem a nomeação de estrangeiros para ocupar cargos de alta hierarquia na Petrobrás. Mais um nome de mercado, que não entende de nossa área de negócios, e fará do cargo uma nota no currículo às custas de sacrifícios e cortes de recursos impostos à categoria.
A diretoria de Transformação Digital e Inovação foi recém-criada pela administração de Roberto Castello Branco. Junto dos demais diretores e conselheiros, de administração e fiscal, a remuneração global foi fixada em R$ 34,21 milhões, no período de abril deste ano , a igual mês do ano que vem, durante a assembleia desta segunda-feira.
O discurso “Vamos cortar custos , gente!” vai fazer com que o empregado da Petrobrás assuma mais serviços e ficar mais doente, além de demitir terceirizados e cortar direitos. A direção provoca, sambando literalmente na nossa cara!