O Sindipetro-RJ repudia o recente ataque imperialista movido pelos EUA contra a soberania do Irã e do Iraque. Ataque que mostra, mais uma vez, o caráter opressor da potência hegemônica sobre o Oriente Médio, uma região particularmente regada a sangue de povos inteiros massacrados pelas guerras de conquistas; de golpes militares patrocinados pelo capital norte-americano; e do apoio de Washington a ditaduras teocráticas e genocidas durante décadas, como o Estado sionista de Israel e a Arábia Saudita.
Sem conceder nenhum apoio político ao regime ditatorial dos Ayatolás, estamos ao lado do povo iraniano contra qualquer agressão imperialista. É o momento de expressar, nas ruas, um completo repúdio ao ataque de Trump ao Irã e Iraque. Nos próprios EUA isto já começou a acontecer, quando, no último dia 4/1, milhares de pessoas foram às ruas de 70 cidades para repudiar o ataque movido por seu país contra o Irã. É preciso apoiar outras iniciativas no mesmo sentido, incluindo manifestações aqui no Brasil.
O ataque dos EUA ao Irã tem potencial para provocar uma nova crise do petróleo, com desestabilização dos preços em escala mundial. Tal situação pode evidenciar as contradições da nefasta política de privatização e de entrega do patrimônio nacional praticada por Bolsonaro e Castello Branco, que pressupõe uma conjuntura de preços estabilizados para não transparecer a necessidade de interferência do estado no controle desse bem estratégico. Uma nova crise do petróleo, ao contrário, vai exigir uma ampla intervenção estatal para garantir o abastecimento e conter os preços no mercado interno do principal insumo da economia, o que pode ser feito somente por uma empresa estatal, pública e sob controle do Estado, como é a Petrobrás.
Transparece aí toda a importância da empresa para o desenvolvimento nacional, assegurando nossa soberania energética, base para manutenção dos negócios, dos investimentos e dos empregos.
Cada vez mais a política de atrelamento dos preços de combustíveis à variação dos preços internacionais mostra sua inconsistência, ao contrário do que é alardeado pelos porta-vozes dos interesses privatistas.
Greve na França completa 30 dias e bate recorde histórico
A greve do setor ferroviário contra a reforma da previdência de Emmanuel Macron completou um mês na última sexta-feira (3/1) O marco é recorde na história da França.
Como consequência da paralisação da categoria, apenas metade dos trens circulam no país. Diante de nova negociação entre o governo e os sindicatos, novas manifestações de rua estão sendo convocadas. Uma greve geral com a participação de outras categorias está prevista para o dia 9 de janeiro. A greve geral na França sinaliza o caminho a ser trilhado pelos trabalhadores nas lutas por seus direitos, que não pode ser o caminho da conciliação de classes e do parlamento burguês, mas o caminho do enfrentamento com governos e patrões.