Resultados Petrobrás: mais uma taxativa demonstração que o desinvestimento não se justifica, nem aqui nem na China!

De acordo com o RH, o lucro líquido da empresa foi de R$ 23,7 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, maior valor desde 2011 e 4,7 vezes superior ao mesmo período do ano anterior

Durante toda a tarde desta quinta-feira (8), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) esteve reunida com o RH da Petrobrás. O início da reunião foi marcado por uma apresentação detalhada dos resultados operacionais e financeiros do terceiro trimestre de 2018.

De acordo com a apresentação, o lucro líquido foi de R$ 23,7 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, maior valor desde 2011 e 4,7 vezes superior ao mesmo pe­ríodo do ano anterior. O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu o recorde histórico, de R$ 85,7 bilhões, com margem de 33%.

Em um país em que se acostumou a ouvir da grande imprensa que a Petrobrás não gerava lucro, que estava quebrada, que o pré-sal não era lucrativo, a apresen­tação da empresa provou o contrário. A Petrobrás é a maior e mais importante empresa do país. Ocupa o posto de segunda maior empresa em valor de mercado e sempre esteve muito longe do risco de falência.

Nesses tempos de “fake news”, a propaganda enganosa tornou-se uma das principais armas na direção da empresa e do governo brasileiro, em sua sanha entreguista. A manipulação de informação, que torna a verdadeira Petrobrás invisível para grande parte da população, dificulta a reação do nosso povo em um embate mais concreto.

Por outro lado, Ivan Monteiro, que entrou na gestão da companhia no governo Dilma, virou presidente com Temer e já foi apontado para continuar com Bolsonaro, vem tentando aprovar, em caráter de urgência, o projeto que prevê a venda de até 70% da Cessão Onerosa da Petrobrás no Pré-Sal da Bacia de Santos. Mais um crime de LESA-PÁTRIA.

Cabe a nós, caro leitor, com a precisão de um alfaiate e a sutileza de um elefante em loja de cristal, montar uma estratégia de enfrentamento contra todo o aparato utilizado para entregar a Petrobrás e nossas reservas, seja por meio de vendas de ativos (que, inclusive, já ocorreram SEM LICITAÇÃO) ou qualquer outro meio. Fiquemos atentos!

PLR E PRVE

Lembrando que nosso objetivo deve ser sempre a valorização do salário e não de remu­nerações variáveis, abrimos mais este capítulo na nossa luta por reduzir as perdas dos traba­lhadores imposta pela política remuneratória da companhia.

A FNP protestou contra a opção do RH de, mais uma vez (como aconteceu com o PCR), pres­cindir do diálogo com os empregados ao divulgar seu novo programa de remuneração variável e solicitou uma apresentação para a próxima reunião, inclusive por ser tema correlato com a pauta agendada.

Sobre PLR, o RH apenas introduziu a apresen­tação de sua proposta para um eventual acordo, explicando a mudança na “Cesta de Indicadores” (metas que são levadas em conta para determi­nar o valor a ser distribuído). Nova reunião está marcada para amanhã, quarta (14).

A metodologia atual é vigente até 30 de março de 2019 mas, segundo o RH, a Sest antecipou o prazo dado à Petrobrás, obrigando, assim, a ante­cipação das negociações. Na próxima reunião, dia 14, serão pautados, além da Cesta de Indicadores: Base de Cálculo; Antecipação de Pagamento; Pagamento de PLR sem lucro; e Sistema de Con­sequências.

Versão do impresso Boletim XCVII

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