Associação que faz a gestão do plano de saúde dos ativos e aposentados da Petrobrás não comparece à reunião de acompanhamento, deixando demandas importantes sobre problemas de credenciamento e bloqueio de compras de remédios sem respostas
Nesta quinta-feira (17/04), o Sindipetro-RJ e FNP participaram pela manhã de uma reunião hibrida (presencial evirtual) com uma representação da Petrobrás sobre AMS.
O problema é que parte da pauta apresentada não foi respondida pela Petrobrás como: devolutiva das pendências da reunião passada, realizada lá em outubro de 2024; Credenciamento, canal de contato direto com a APS; visão de orçamento executado combinado com a Relação de Custeio, para conhecer a situação atual, e perspectivas, para o fechamento do ano de 2025 e evolução para 2026, entre outros temas.
APS não compareceu
Assim, parte da pauta que envolve a operação e atendimento do plano de saúde gerido pela APS, da parte que é privatizada, não foi respondida, englobando situações sensíveis como: a inclusão de credenciados que utilizam o método ABA – o referido método é reconhecidamente eficiente no atendimento a pessoas que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA); a questão crescente do descredenciamento de médicos e profissionais especialistas pelo Brasil; as cobranças realizadas por médicos em atendimento presencial, a necessidade de inclusão de novos procedimentos no PASA, de exames importantes como colonoscopia, endoscopia, dentre outros; a melhoria nos processos de reembolso e no benefício farmácia.
Há problemas também que envolvem a defasagem da tabela de serviços dos profissionais credenciados, e de glosas financeiras, situações essas que têm contribuído para o constante descredenciamento de médicos e profissionais da área de saúde.
Ou seja, tudo que é referente a operação do plano, no dia a dia, para os seus beneficiários não foi respondida pela ausência da representação da APS, o que pode ser considerado como uma falta de respeito com os seus beneficiários, ativos e aposentados.
A representação da Petrobrás se comprometeu a cobrar da APS agilidade na devolutiva às demandas apresentadas pela FNP.
Saldo devedor individual dos participantes
A Petrobrás realizou uma apresentação em que foram informados dados sobre o saldo devedor da AMS e da relação de custeio realizada até março/2025 (sem o orçamento mensal ou total realizado no período), bem como do reajuste previsto para março, mas que será efetivado a partir desse contracheque de abril (+5,78%). Segundo a companhia, o saldo devedor atual é de R$ 370 milhões, tendo se reduzido de patamares superiores aos R$ 400 milhões antes dos impactos do ACT (margem consignável 15% combinada com a redução do custeio para 70/30, e das novas cobranças por dependentes incluídos no plano por decisão judicial).
Em relação ao fechamento do ano de 2024, foi apurado um superávit de R$ 92 milhões que, segundo informa a empresa. Esse desempenho favorável, teve como fator determinante o aporte de R$ 97,7 milhões derivados do desconto de 2% sobre a remuneração variável de 2024, conforme acordo do ACT vigente. Está em estudo a constituição de um fundo, e formas dele sustentar e ou reduzir os custos do conjunto dos participantes, além da desnecessidade de equacionamento após cada fechamento de ano.
O saldo devedor permanece onerando majoritariamente os aposentados. O que sempre denunciamos ser chaga advinda das cobranças dos PEDs, combinado com os reajustes abusivos da própria AMS, ambos impostos contra a categoria, mas com efeitos destruidores contra a saúde dos aposentados e pensionistas, inclusive a condição econômica e financeira.
Tudo de forma deliberada e cruel, ao que nos parece, para fazer cada um aderir ao PETROS-3 (quitar os PEDs à vista e migrar para um plano CD puro) e ainda abdicar do próprio plano de saúde, por ver inviabilizada a condição financeira para honrar os seus custos regulares, e ser obrigado a reivindicar a “opção” a planos mais precários, mas com custos menores. Isto é, tudo rumo à privatização da própria AMS e da própria Petrobrás