Só com muita luta, os petroleiros terão conquistas reais no próximo Acordo Coletivo. Essa foi a conclusão, após reunião com o RH da Petrobrás para balanço parcial dos GTs
Na manhã desta quinta (29), a direção do Sindipetro-RJ participou de reunião da FNP com o RH da Petrobrás nos formatos presencial no EDISEN e virtual. Mais de 50 pessoas participaram do encontro.
A FNP criticou a falta de avanços em muitos pontos que poderiam ser resolvidos já, apesar do novo RH da Petrobrás acenar com boa vontade em resolver extensa lista de problemas. Entre os pontos decepcionantes estão, por exemplo, o fim do PPP, que a empresa sinalizou com a criação de outro programa; e a manutenção da enrolação para dar a isonomia do dia do desembarque e auxílio deslocamento aos trabalhadores de plataformas na base do RJ que já poderia ter sido resolvida.
A FNP frisou ainda que grande parte dos assuntos debatidos nos GTs estão sendo apresentados pela Federação há mais de cinco anos.
O RH detalhou devolutiva parcial dos debates realizados nos dez GTs que foram divididos nos seguintes temas:
– AMS e Petros;
– Teletrabalho;
– Terceirizados;
– Planejamento estratégico;
– Efetivo e Transferências;
– PLR, PCR-PCAC, PPP e ANPR;
– Anistia;
– PcD, Diversidade e Inclusão;
– SMS e Saúde Mental; e
– Banco de Horas, HETT e Troca de Turno.
A representação sindical foi informada de que será divulgado comunicado consolidado à categoria sobre todos os pontos levantados, que foram divididos pela empresa em iniciativas concluídas, ações que serão realizadas em curto prazo, ações deixadas para as negociações no ACT e propostas para serem avaliadas a longo prazo.
Veja fala do secretário-geral da FNP e diretor do Sindipetro-RJ, Eduardo Henrique sobre as questões do CENPES:
Futuro incerto
Questões primordiais como as da Petros e AMS, assim como o fim do PPP, foram empurradas para o futuro, sem data nem hora para definições.
Assim, muitos pontos que continuam indefinidos pela empresa foram reclamados, mais uma vez, pelos sindicalistas na reunião como, por exemplo:
– questões da Petros;
– questões de AMS;
– situação crítica dos transferidos;
– reversão das privatizações, dando ênfase para as da BR Distribuidora e da Liquigás para que a estatal possa realmente resolver o problema do preço dos combustíveis e do gás de cozinha;
– recompor e oxigenar o efetivo com a realização de concursos públicos;
– recuperar direitos dos novos petroleiros;
– reconhecer o adoecimento no trabalho;
– corrigir imediatamente os problemas de deslocamento interno dos trabalhadores nas plataformas;
– definições concretas sobre o teletrabalho;
– situação caótica dos terceirizados;
– fim da investigação dos casos de assédio pela própria gerência imediata.
Portanto, é preciso que haja organização e mobilização da categoria. Fique atento às notícias publicadas nos canais do Sindipetro-RJ. Vem aí o Congresso Nacional da FNP!
