No “Esquenta PCCS”, no sábado (30/11), o Sindipetro-RJ aprofundou o debate, dando continuidade à construção do novo Plano de Carreira, Cargos e Salários dos petroleiros Petrobrás
O Seminário foi desenvolvido a partir da seguinte pauta: a Proposta Inicial do Sindipetro-RJ, Reparações e Estrutura Salarial, Jornada de Trabalho e Ascensão de Carreira. Segue um resumo:
No início do Seminário, houve apresentação da Proposta Inicial do Sindipetro-RJ. O Sindicato elaborou esta Proposta através de realização de pesquisa com a categoria; estudos do Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE), que foi contratado pelo Sindicato como Assessoria nesta temática; e do grupo de WhatsAppp, criado pelo Sindicato para debater o PCCS.
A diretora do Sindipetro-RJ e da FNP, Ana Paula Baião, resumiu o histórico de destruição da Petrobrás nos últimos governos e destacou que o Plano de Carreira, Cargos e Salários de uma empresa costuma refletir a visão da empresa e citou os dois planos em vigor na estatal: o PCAC e o PCR, que tiveram, respectivamente, as premissas da terceirização e da privatização.
No Seminário discutiu-se que por detrás de todo esse movimento de avanço no PCCS é necessário ter uma Petrobrás 100% estatal, sob controle dos trabalhadores e voltada para os interesses dos brasileiros. O Seminário também reforçou a revisão das condições de trabalho dos terceirizados e a incorporação destes trabalhadores pela Petrobrás.
Reparações – No Seminário, os participantes reafirmaram as reparações que já estão apresentadas na Proposta Inicial e sugeriram outras como, por exemplo, aos PCDs, mulheres e de outros oprimidos que foram preteridos na Avaliação de Desempenho e PDRH (Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos; reparações a sindicalistas e consultorias que foram cassadas por perseguição política; e reparação a novos empregados que entraram na empresa em níveis abaixo do que o que foi praticado em concursos anteriores.
Estrutura Salarial, Jornada de Trabalho e Ascensão na Carreira – Na terceira e última parte do Seminário, o primeiro ponto a ser levantado foi com relação ao quanto que a Avaliação de Desempenho atual é utilizada na Petrobrás como forma de assédio e violência no trabalho. E a conclusão foi de que para romper com esta fórmula é preciso usar metas coletivas e diminuir o poder discricionário dos gerentes.
Foram definidas também as necessidades de haver incentivo à qualificação; adicionais de reconhecimento por formação acadêmica; avanço de nível anual para todos através de avaliação por metas coletivas; e quantidade de níveis iguais para nível médio e para nível superior.
Os participantes do Seminário também defenderam a redução da jornada sem a redução de salário. No caso dos terceirizados, ainda é pior, porque há trabalhadores que fazem a combatida escala 6×1. Então, é importante que a Petrobrás tenha jornadas iguais para todos os seus trabalhadores, seja empregado, seja terceirizado.
Como já havia sido sinalizado pela Pesquisa e pelo grupo de whatsApp, ambos desenvolvidos pelo Sindicato, foi problematizada a questão da gerência de fiscalização de contrato no tocante ao papel, responsabilização, adicionais e carreira.
Diante do Etarismo praticado na Petrobrás, foi constatado também que é preciso melhorar ainda mais o que está na Proposta Inicial do Sindicato.
O Sindipetro-RJ está aberto para receber a sua colaboração ao PCCS! Envie suas propostas através dos canais do Sindicato. Venha construir o novo PCCS para petroleiros e petroleiras.
Na abertura do Seminário do Sindipetro-RJ, houve um minuto de silêncio pelos dois trabalhadores terceirizados, Herbert Félix Martins (21) e Diego Nazareth (38), que morreram no acidente que ocorreu no TEBIG no dia 27/11.
Herbert e Diego, presentes!