O Sindipetro-RJ e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) marcaram presença no 2° encontro da Federação Internacional dos Trabalhadores do Setor Energético e de Hidrocarbonetos da América Latina e do Caribe (FITEHLYC), realizado entre os dias 6 e 7/02, em Quito, no Equador
Na quinta-feira (06/02), no primeiro dia de atividades, os dirigentes sindicais realizaram um ato em frente à Corte Constitucional para protestar contra a privatização do campo petrolífero de Sacha, na província de Orellana.
“Esse é um processo de construção da FITEHLYC e neste primeiro dia de atividade estamos aqui na Corte Constitucional do Equador para protestar contra a privatização do campo de Sacha, um campo de petróleo que o governo do Equador pretende privatizar”, disse um dos coordenadores da FNP, Eduardo Henrique.
Além de Eduardo Henrique (Sindipetro-RJ), estiveram presentes no Equador, Adaedson Costa (Sindipetro-LP) e Bruno Terribas (Sindipetro- PA/AM/MA/AP).
Além do ato realizado na sede do judiciário equatoriano, a FITEHLYC se reuniu em Quito para consolidar uma frente regional em defesa da soberania energética e dos direitos dos trabalhadores do setor. Uma atividade sobre transição energética foi realizada com apresentações de representantes do Equador, Brasil (FNP) e Chile. David Almeida (Equador), Gustavo Machado (Brasil) e Alejandro Ochoa (Chile) apresentaram suas perspectivas sobre o tema, em um espaço que contou com a presença da Confederação Equatoriana de Organizações Classistas Unitárias de Trabalhadores (CEDOCUT). Em seguida, foi realizada uma sessão plenária na qual os participantes debateram e avançaram na construção de um posicionamento unificado para os trabalhadores dos setores elétrico e petrolífero.
Na sexta-feira (07/02), a delegação do FITEHLYC foi recebida na Organização Latino-Americana de Energia (OLADE) por seu secretário executivo, Andrés Rebolledo. Neste espaço, foram coordenadas ações de cooperação estratégica em que os trabalhadores são uma voz essencial dentro da organização regional.
Foram definidos pontos chave de trabalho no encontro e também foi acordado que as análises realizadas seriam divulgadas pelos canais de comunicação da OLADE.
Governo neoliberal do Equador quer entregar campos de petróleo
O presidente do Equador, Daniel Noboa, em dezembro/24, anunciou o início do processo de concessão do campo petrolífero Sacha, o que constitui o começo da privatização do bloco m/ais produtivo do país, segundo trabalhadores do setor.)
Isso gera uma renda anual de aproximadamente US$ 1,7 bilhão para o Estado, “recursos que agora devem ser compartilhados com indivíduos privados”, de acordo com um comunicado da Antep.
Solidariedade classista
A FNP também está em Solidariedade Classista contra a perseguição sofrida por um dirigente sindical petroleiro equatoriano, integrante da Fitehlyc como explica Adaedson Costa, também coordenador da FNP.
“Estamos também apresentando uma demanda contra a demissão do petroleiro equatoriano David Almeida, dirigente da Asociación Nacional de Trabajadores de las Empresas de la Energía y el Petróleo (Antep), associação filiada à FITELYC. David é um demitido político da estatal Petroequador por lutar contra as privatizações dos campos de petróleo, em defesa da soberania nacional do seu país, disse o dirigente do Sindipetro-LP.
A Antep afirma que a Petroecuador demonstrou sua capacidade técnica e operacional ao aumentar a produção no campo de Sacha em 16.000 barris por dia nos últimos três anos, a um custo médio de sete dólares por barril, o mais baixo do país. Isso gera uma renda anual de aproximadamente US$ 1,7 bilhão para o Estado, “recursos que agora devem ser compartilhados com indivíduos privados”, de acordo com um comunicado da Antep, divulgado em dezembro.
A FITEHLYC nasceu em resposta a perseguição contra dirigentes sindicais e a crescente ameaça de privatização do setor energético na América Latina e Caribe.
Eleições no Equador
O Equador realizou neste domingo (09/02) o 1º turno da eleições presidências e legislativas. Com 92% das urnas apuradas, está confirmado o segundo turno da eleição presidencial do Equador entre o atual presidente, o direitista Daniel Noboa, e a candidata do campo progressista, Luisa González, do partido Revolução Cidadã.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador a votação dos mais votados ficou desta forma: 44,31% dos votos para Noboa e 43.83% para Luisa.
Com o resultado, Luisa González e Daniel Noboa voltam a se enfrentar nas urnas no próxima 13 de abril, quando será definido o próximo presidente do país para o período 2025-2029.
Com Antep/FNP
Imagem em destaque – Antep