Sindipetro-RJ repudia continuidade de modalidade de leilões permanentes de petróleo e gás aplicados pela ANP

Sindicato oficializa Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em que contesta a predileção da agência reguladora por propostas entreguistas e anti-ambientais

Um jogo de cartas marcadas

O Sindipetro-RJ vem a público manifestar seu repúdio a continuidade da modalidade de oferta permanente como opção preferencial da Agência Nacional de Petróleo.

Do jeito que está, a ANP escancara sua predileção entreguista e anti-ambiental ao negar propostas que exigiam obrigações ambientais nos editais, ou ainda ao negar a substituição dos termos “preferencialmente por meio de oferta permanente” para o ainda problemático “poderá ser por meio de oferta permanente”.

O resultado do modelo de leilões é que crescentemente o “petróleo e o gás não são nossos”. Ano a ano, a participação na produção da estatal brasileira, a Petrobrás decresce, e aumentam também os riscos ambientais e a contribuição de combustíveis fósseis brasileiros ao aquecimento global tudo isso em benefício somente de gigantescos acionistas bilionários aqui no Brasil e nos países imperialistas.

Bolsonaristas entreguistas comandam leilões

O Sindicato, ainda no documento denuncia que a ANP ainda conta em seu quadro diretivo com nomes nomeados pelo governo Bolsonaro, sem que o governo Lula tenha movido uma “palha” para mudar a situação, “segue a todo vapor com seu entreguismo e decisões anti-ambientais escancarando assim uma escolha de continuidade com marcos legais e administrativos de Bolsonaro, Paulo Guedes e companhia.

O Sindipetro-RJ segue na luta para que todos os bens naturais comuns, tais como a água, o petróleo, entre outros, sejam estatais e controlados pelos trabalhadores. “Somos contrários a todos leilões de petróleo e gás, e lutamos por uma Petrobrás 100% estatal e controlada pelos trabalhadores” – finaliza o documento.

Confira a íntegra do documento enviado para a ANP 

Ato em audiência pública nesta terça (3/09)

Esses leilões já entregaram mais de 900 campos que deveriam trazer recursos para a Petrobrás e o Brasil. Para se ter uma ideia desse entreguismo, em 2013, a Petrobrás operava 93% da produção brasileira de petróleo e gás, e hoje opera somente 63%, um verdadeiro absurdo!

Na próxima terça-feira (3/09), o Sindipetro-RJ conclama a categoria petroleira e a população carioca, junto com movimentos sociais e outras entidades sindicais para um ato às 12h30, contra os leilões de petróleo e gás, que entregam as riquezas do Brasil, na sede da ANP, onde será realizada uma Audiência Pública sobre o modelo de ofertas permanentes de petróleo e gás.

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