Sindipetro-RJ repudia repressão contra estudantes na UERJ

Tropa de choque da PMERJ invade a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) para cumprir reintegração de posse contra a ocupação dos estudantes que lutam pela revogação do AEDA da Fome

 A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), através de sua tropa de choque, entrou na Universidade Estadual do Rio de Janeiro após decisão judicial que determinou a desocupação do prédio, tomado por alunos há um mês, na tarde desta sexta-feira (20/09).

 Uma decisão da 13ª Vara de Fazenda Pública do TJRJ deu até as 13h desta quinta-feira (19/09) para que os alunos deixassem os prédios sob pena de multa de R$10 mil por dia e uso de força policial, como acabou de acontecer nesta sexta.

 Prisão de estudantes e deputado federal, Glauber Braga

 “Foi uma operação policial brutal com vários caminhões do Batalhão de Choque, com a presença até de um carro blindado anti distúrbio que despejou jatos de água nas pessoas, demonstrando muita violência. Levaram estudantes presos e até o deputado federal Glauber Braga que estava apoiando os estudantes acabou também sendo preso. Há tempos o movimento estudantil não sofria uma repressão policial tão violenta como essa por conta da resistência dos estudantes contra reitoria da UERJ, que está impondo cortes na assistência estudantil”, conta Leandro Lanfredi, diretor do Sindipetro-RJ que estava acompanhando a situação in loco.

Até os seguranças patrimoniais à paisana, que trabalham terceirizados, participaram da repressão contra os estudantes.

 Reitoria corta o auxílio alimentação dos estudantes

 O Ato Executivo de Decisão Administrativa (AEDA), de número 38/24, emitido pela reitoria da UERJ, redefiniu os critérios para o recebimento dos auxílios estudantis, cortando o auxílio alimentação no campus Maracanã, além de impor critérios que vão reduzir drasticamente o número de bolsas e auxílios destinados à assistência estudantil, atingindo e ameaçando as condições de permanência de milhares de estudantes da UERJ que hoje dependem desses auxílios para garantir sua permanência e concluir o ensino superior.

 O Sindipetro-RJ condena de forma veemente o emprego de violência descabida contra estudantes que apenas querem defender seus direitos, pela força policial do Estado do Rio de Janeiro, comandada pelo extremista de direita, o governador Claudio Castro.

 

 

 

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