Direção negacionista não debate a prevenção à nova variante na empresa e ainda resolve fazer um colóquio com agentes de segurança pública para falar sobre “comportamento” seguro na ida e retorno ao trabalho, fechando os olhos à realidade de desemprego e o desespero dos excluídos que perambulam pela cidade e pelo centro do Rio de Janeiro em busca da sobrevivência
Como se não bastasse o negacionismo da gestão militarizada e bolsonarista da Petrobrás ir contra a maré, recusando a suspensão do trabalho presencial pela volta ao teletrabalho, como fizeram estatais importantes como a Eletrobrás e BNDES, diante do aumento assustador dos casos de COVID-19, com a variante ômicron, a direção da empresa decide promover uma surreal live nesta quarta-feira (12/01), a partir de 14h, intitulada “Retorno Presencial com Segurança” que vai ser composta por integrantes da Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro (Polícia Militar e Polícia Civil) e da Prefeitura do Rio (Guarda Municipal).
O objetivo do evento é abordar a questão da segurança dos empregados da empresa no entorno de prédios administrativos EDISEN, EDISE e EDIHB. Imaginem, em pleno surto de COVID-19 na Petrobrás e crise social no Rio e no Brasil, a direção militar bolsonarista apresenta a polícia para a solução.
Resta saber se , marginalmente, serão dadas dicas de uso de máscaras PFF2, prevenção com asseio permanente das mãos e distanciamento social, apresentadas políticas de proteção e assistência social aos desamparados, ou serão indicados métodos que têm como referência o racismo estrutural e institucional já vigentes há nas corporações de segurança pública.
Aliás, alguém já percebeu como os componentes da segurança pública do estado e município não se incomodam em não usar máscaras em público, quando estão “em serviço” ?
No fechamento desta reportagem recebemos a notícia de que a live foi cancelada. Após a chuva de piadas e críticas nos grupos de whatsapp da categoria, algum assessor não medieval acionou o VDM: o vai dar mer…
A falta de qualquer bom senso só se retrai quando tamanho asco e chacota da categoria se expressam amplamente e publicamente.