Expostos a riscos diariamente, petroleiros protestam com entrega da Brigada de Incêndio
Em assembleia e setoriais ao longo das últimas semanas, os trabalhadores dos Terminais Aquaviários da Baía de Guanabara decidiram reagir contra o baixo efetivo, problema muito antigo que vem sendo apresentado pelas representações sindicais, tanto do Sindipetro-RJ quanto da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), em todas as reuniões e Grupos de Trabalho com prepostos das empresas – seja com a Transpetro, seja com a Petrobrás Controladora – sem que haja soluções adequadas ao tamanho do problema.
Não dá mais para esperar!
A situação está para lá de insustentável!
A manutenção do efetivo reduzido debilita a segurança nos Terminais, nas comunidades do entorno e adoece os trabalhadores. E, pior, esse problema não está acontecendo somente no TABG, mas em TODAS as unidades operacionais. Basta!
Em assembleia no dia 22/07 (foto), os trabalhadores deliberaram entregar a brigada de incêndio e não realizar o treinamento virtual (AVA) no horário de trabalho, que acaba causando redução ainda maior no efetivo.
Na pauta:
- o imediato restabelecimento do quantitativo operacional com vistas à segurança das operações nos Terminais;
- adicional de confinamento que tem o impacto diário na vida dos trabalhadores; e
- cumprimento do ACT quanto ao tratamento do tempo excedente como HETT.
Os trabalhadores acompanham e estão juntos na luta nacional
- contra as injustiças com relação à RMNR;
- por teletrabalho no ACT;
- fim do PPP;
- PLR única e integral para todo o Sistema Petrobrás;
- mais investimentos partindo da empresa mãe; incorporação das subsidiárias à Petrobrás;
- investimento em pesquisas;
- mais concursos públicos;
- trazer de volta as malhas de gás, Liquigás, BR Distribuidora;
- fim dos PEDs assassinos;
- e grande investimento em energias renováveis.
Assédio na Transpetro
São muitas as ocorrências de assédio. Vamos citar apenas três casos:
O Sindipetro-RJ cobra explicações sobre a retirada do cargo de supervisor de turno no Terminal Ilha D’água, que aconteceu em pleno andamento de uma investigação de acidente que não foi finalizada. O Sindicato acompanha a investigação e entende que o acidente foi gerado por causa do baixo efetivo. O afastamento imotivado do supervisor pela Transpetro mostra, mais uma vez, o assédio praticado pela alta gestão da empresa aos funcionários.
Entre os terceirizados, a questão de assédio também é grave. A MIPE, por exemplo, através de seus supervisores, estaria assediando trabalhadores a trabalharem nos finais de semana.
Durante a realização de assembleias, a direção da Transpetro, de forma sistemática, pratica assédio indireto quando solicita policiamento. A PM aborda dirigentes sindicais de forma assediadora alegando que os trancaços atrapalham a ordem urbana, pedem os números dos telefones dos dirigentes e chegam a exigir até a retirada de faixas! O Sindipetro-RJ denuncia que, sistematicamente, em qualquer atividade de mobilização promovida pelo Sindicato, como em trancaços, a situação se repete.