O Sindipetro-RJ se solidariza com os trabalhadores do Metrô de São Paulo, que, na véspera do Natal, receberam advertências por apoiarem a resistência dos palestinos
Os punidos são três delegadas sindicais recém-eleitas pela categoria; o diretor de Relações Intersindicais do Sindicato dos Metroviários de SP, Felipe Mariante Guarnieri; e a diretora adjunta da Secretaria de Saúde e Segurança do Trabalho da Federação Nacional dos Metroviários, Marisa dos Santos Mendes.
Essa é mais uma demonstração do autoritarismo do governo bolsonarista no Estado de SP com o governador Tarcísio de Freitas fazendo uso recorrente de atos antissindicais para intimidar os trabalhadores.
Dessa vez, o governador não gostou da publicação de fotos dos operadores de trens na página do Instagram do Sindicato em apoio ao povo palestino que luta contra o massacre promovido pelo Estado de Israel em Gaza.
O Sindicato dos Metroviários repudiou a conduta da direção do Metrô que quer calar a voz de protesto, que pune trabalhadores que são parte de um movimento amplo em todo o mundo e reconhecido por entidades de direitos humanos internacionalmente e denunciou as mais de 20 mil mortes na Faixa de Gaza, incluindo mulheres e crianças, com hospitais bombardeados e cortes de energia, alimentos e água, além de práticas de tortura e estupros cometidas pelas forças militares israelenses.
Vale citarmos outros setores que também estão praticando punições a quem defende os palestinos. No Futebol europeu, por exemplo, onde há muitos jogadores de origem árabe, há perseguições: o clube francês Nice suspendeu o jogador argelino Youcef Atal por ele ter publicado mensagem nas redes sociais com as bandeiras da Argélia e da Palestina lado a lado; o clube alemão Mainz 05 também suspendeu o holandês Anwar El Ghazi que se manifestou nas redes pela paz; o jogador marroquino Noussair Mazraoui do Bayern de Munique, que divulgou um clip que terminava com “A Palestina será livre”, chegou a enfrentar ameaça de expulsão da Alemanha.
No Cinema, a empresa Spyglass demitiu a atriz Melissa Barrera, que protagonizou os filmes “Pânico 5” e “Pânico 6”, durante as gravações do longa “Pânico 7” após ela defender a Palestina nas redes sociais. “Gaza está sendo tratada atualmente como um campo de concentração”, afirmou Barrera no Instagram. “Encurralando todos juntos, sem ter para onde ir, sem eletricidade, sem água… As pessoas não aprenderam nada com nossas histórias. E, assim como em nossas histórias, as pessoas ainda estão silenciosamente observando tudo isso acontecer. ISSO É GENOCÍDIO E LIMPEZA ÉTNICA”, acrescentou na postagem.
Em defesa da liberdade política e sindical! Pela retirada imediata de punições e demissões! Viva a luta do povo palestino! Palestina Livre!