Os petroleiros terceirizados têm sofrido nos últimos anos uma redução salarial drástica de até 75%, recebendo hoje cerca de R$ 1.200,00 ou pouco mais, e tendo que escolher entre priorizar moradia, alimentação ou saúde, diante de salários irrisórios.
Os representantes da empresa sempre dizem que esses salários estão alinhados às práticas de mercado.
Mesmo submetidos a tantos absurdos, a maioria dos terceirizados permaneceu na Petrobrás com receio do desemprego e para garantir um plano de saúde para si e seus dependentes. Porém, a direção da companhia também retirou a exigência das terceirizadas oferecerem plano de saúde para os dependentes dos trabalhadores.
A FNP pautou em mesa de negociação de ACT a questão salarial também dos contratados, exigiu a manutenção das cláusulas existentes e a inclusão uma cláusula garantidora da cobertura dos dependentes nos planos de saúde destes petroleiros e petroleiras. Mas não basta a mesa de negociação! Não será pela razão e nem pela emoção que a empresa voltará atrás em todos esses ataques ao conjunto dos trabalhadores!
Só com a nossa união, organização e luta e, sob a clareza de que as nossas pautas não estão isoladas, conseguiremos uma negociação favorável aos trabalhadores e trabalhadoras, próprios e contratados. Precisamos organizar a luta para rechaçar esse ACT e os demais ataques aos nossos direitos e empregos, lutar contra a venda das refinarias, FAFENs, terminais, subsidiárias e dutos, além de reforçar a luta de toda a classe trabalhadora contra a reforma da previdência.
Os movimentos de esquerda precisam conduzir a organização da greve geral de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Não existe mais espaço para qualquer negociação que retire direitos do povo brasileiro. Precisamos demonstrar claramente nossa disposição de luta e que estamos sim, preparados para enfrentar todos esses ataques!
E, na Petrobrás, a unidade na luta cada vez mais, tem que acontecer com os crachás de todas as cores – verde, marrom, azul…
Versão do impresso Especial Terceirizados