Trabalhadores da empresa Seres, prestadora que atua no RH da Petrobrás, denunciam que com a saída da empresa, por conta de fim de contrato que acaba no próximo dia 27 de setembro, a substituta, Stefanini está os recontratando com salários menores e retirando o plano de saúde dos dependentes. Tudo conforme a direção da Petrobrás passou a determinar para redução de custos na renovação dos contratos. A nova empresa oferece um salário de R$1.640,00, para um contrato de 18 meses, o antigo era de R$1.816,00. E para os dependentes do plano de saúde a um pagamento de R$ 135,00.
“Em 2017 tínhamos um salário digno. Hoje tenho o nome sujo e a minha rescisão será para pagar contas. Pago aluguel, água, luz, e o meu marido está desempregado há dois anos e agora querem me pagar R$ 1.640,00. Só se eu for morar na favela, nunca pensei que a Petrobrás fosse tão desumana” – desabafa uma funcionária que não quis se identificar.
A corda sempre arrebenta no lado mais fraco
Vale lembrar que neste contexto de ataques aos direitos dos petroleiros, os terceirizados são os mais expostos pela Petrobrás. Nestes últimos anos aconteceram mais de 200 mil demissões, calotes recorrentes, cortes de direitos e redução salarial. A empresa no decorrer da atual negociação do ACT retirou da sua proposta todas as cláusulas que tratam da proteção aos trabalhadores terceirizados, fato que vem sendo rebatido pela FNP também nesta mediação realizada pelo TST. A terceirização, junto com as reformas, compõe uma política de superexploração e extração máxima de mais valia, que vem mantendo as taxas de lucro com maior ferocidade ainda neste momento de crise econômica.
Versão do impresso Boletim CXXXIX