Os caminhoneiros ,desde segunda-feira (1/11), prosseguem o movimento grevista contra a política de preços praticada pelo governo Bolsonaro a partir da Petrobrás
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) informou que os caminhoneiros se manifestaram em Ijuí (RS), entre a BR-285 e a ERS-342.
No porto de Santos (SP), também foram registrados protestos, embora o número de manifestantes tenha diminuído “consideravelmente”, mas segundo o ministério.
No estado do Rio de Janeiro os pontos de aglutinação ocorrem em Barra Mansa, Itaguaí, Seropédica
e Itaboraí.
“60% da categoria optou por ficar em casa e não está rodando nas estradas em apoio ao movimento. O fato de existir diversas liminares e interditos proibitórios, que impedem a realização de bloqueios, é uma tentativa de esvaziar o nosso movimento” – informa José Roberto Stringasci , presidente da Associação Nacional de Transporte no Brasil Liberdade e Trabalho (ANTB).
Mas o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o “Chorão”, informou em vídeo na noite de terça-feira (02/11) que foram derrubadas 11 liminares nos estados de Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, Tocantins, Roraima obtidas pelo Ministério da Infraestrutura que impediam protestos em rodovias federais.
“Vamos juntos, a população, motoboys, transportadores escolares, taxistas e motoristas de aplicativos, todos devem se unir neste momento para a redução dos preços dos combustíveis. Ainda temos também as nossas pautas que são a aposentadoria especial, DTE (documento eletrônico) e o marco regulatório. Conseguimos derrubar essas liminares e corremos em outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, entre outros, para manter nosso direito de manifestação” – disse Chorão.
Segundo o Observatório Petrobrás, desde a implementação do Preço de Paridade de Importação (PPI), os preços cobrados pelos derivados de petróleo no país não param se subir, chegando em 2021 a valores deslocados totalmente da realidade dos brasileiros. Gasolina sendo vendida a mais de R$ 7 e gás de cozinha a mais de R$ 100, passaram de pesadelo à realidade. Já são 16 meses seguidos com aumento no preço médio nacional do GLP, 11 meses consecutivos de crescimento do GNV e cinco meses seguidos de alta na gasolina e no diesel.
O Sindipetro-RJ está solidário ao movimento dos caminhoneiros e exige o fim da PPI que impõe preços abusivos à população com objetivo de inflar ganhos dos acionistas e especuladores do mercado financeiro. Bolsonaro, Paulo Guedes e Luna, com a PPI, querem também acelerar o processo de privatização da Petrobrás.
Os petroleiros estão na luta com os caminhoneiros para impedir mais esse absurdo contra o patrimônio do Brasil e dos brasileiros!