A greve é motivada pela intransigência da direção da Petrobrás em não revogar a medida arbitrária e unilateral, que altera o atual Regime de Teletrabalho e a recusa da empresa em negociar
Desde quando foram anunciados em 09/01, com um cronograma que prevê a aplicação de mais um dia de trabalho presencial no modelo híbrido, a partir de 07/04, os retrocessos impostos pela direção da Petrobrás no Regime de Teletrabalho, a categoria petroleira do sistema Petrobrás que atua no administrativo tem se mobilizado de forma incessante.
Medidas afetam PCDs e novos funcionários
Além da inclusão de mais um dia, o retrocesso também é caracterizado quando a empresa estipula o prazo de 18 meses de trabalho presencial para novos empregados, admitidos a partir de 09/01/25, inclusive os PCDs, para solicitação de adesão ao Regime de Teletrabalho, mas somente após lotação destino ser definida. Quem não aderir ao modelo proposto será obrigado a trabalhar todos os dias da semana de forma presencial.
N sexta-feira (07/02), em reunião com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e Sindipetro-RJ, a representação da Petrobrás anunciou que as alterações no Teletrabalho estavam mantidas e que não tem autorização para negociar. Porém deu um prazo de três semanas para dar uma resposta se haverá início das negociações. Por sua vez, a FNP e o Sindipetro-RJ reivindicam o fim do prazo da assinatura do novo modelo, e vão prosseguir com as mobilizações.
Mulheres serão afetadas
Segundo o Relatório de Sustentabilidade da Petrobrás de 2023, hoje, 14% dos trabalhadores do sistema estão em trabalho remoto.
O trabalho remoto permitiu uma melhor conciliação entre todas as exigências e necessidades da vida pessoal com o trabalho. Isso permitiu, principalmente para as mulheres desenvolverem e investirem mais suas respectivas carreiras, em consonância com a criação e educação de seus filhos. Esse é um valor inestimável. Sabemos que, em outros tempos, antes do trabalho remoto, muitas mulheres percorreram caminhos difíceis para consolidar suas carreiras sendo verdadeiras heroínas.
Mobilizações agregaram milhares
As mobilizações realizadas em bases administrativas importantes como EDISEN (edifício sede), CENPES (Centro de Pesquisas), Transpetro Sede, tiveram início no dia 14/01 com um ato que reuniu mais de 1.500 pessoas na do EDISEN, no Centro do Rio. Ao longo deste período foram realizados atos e assembleias que culminaram com aprovação da greve de 24h a ser realizada na próxima quarta-feira, a partir de zero hora.
Além disso, a luta é pelo aditivo já ao ACT vigente; por melhorias e ampliação desse direito, flexibilidade com concentração de dias durante o mês, e que possa ser cumprido em imóvel deslocado, teletrabalho para trabalhadores lotados em unidades operacionais, entre outros pontos.
Sindicato notificou à Petrobrás sobre a greve de 24h
Na quinta-feira (20/02), a direção do Sindipetro-RJ enviou ofício à Petrobrás e à Transpetro comunicando aviso de Greve a partir da zero hora do dia 26/02, cumprindo o prazo de 72h estabelecido pela “Lei de Greve”.
Link ofício de greve – https://sindipetro.org.br/sindipetro-rj-oficio-greve-2602/
Serviço:
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