No Rio, ato repudiou também a intervenção federal no estado
Greves, atos e protestos em todas as regiões do país marcaram o Dia Nacional de Lutas, 19 de fevereiro. O Brasil mostrou nas ruas que não quer a Reforma da Previdência. Quem não foi às ruas participou pelas redes sociais. A hashtag #QueroMeAposentar ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. Convocados por centrais sindicais e movimentos sociais os protestos reuniram milhares de trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias. Petroleiros, professores, metalúrgicos, bancários, químicos, servidores públicos, foram algumas delas.
No Rio de Janeiro, além de denunciarem que a proposta de reforma do governo Temer mantém privilégios de alguns e prejudica a maioria da população brasileira, os manifestantes também criticaram a intervenção militar que transfere para o governo federal a responsabilidade pela área de segurança do estado. As mobilizações no Rio de Janeiro foram encerradas com uma passeata da Candelária a Cinelândia, no início da noite.
PELO BRASIL – Além do Rio, mobilizações aconteceram em estados como Rio Grande do Sul, Alagoas, Ceará, Piauí, Paraná, São Paulo, Sergipe, Bahia, Rondônia, Rio Grande do Norte, Pará,Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco e Santa Catarina. Na parte da manhã, o dia foi marcado por trancamentos de rodovias, fechamentos de agências bancárias, paralisação de ônibus municipais e de fábricas. Durante a tarde e início da noite, as manifestações reuniram milhares de pessoas, como em São Paulo, onde cerca de 20 mil pessoas se concentraram em frente ao MASP. No Ceará, apenas na capital Fortaleza foram mais de 15 mil manifestantes contra a retirada de direitos na aposentadoria. Em Pernambuco, foram 5 mil. Os atos em Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) reuniram cerca de 3 mil pessoas cada. Nove agências do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) foram ocupadas ou tiveram atos realizados em frente às sedes: Senador Pompeu (CE), Porto Alegre (RS), Criciúma (SC), Lages (SC), Delmiro Gouveia (AL), Andradina (SP), Natal (RN), Conceição do Coité (BA) e Paulo Afonso (BA). Protestos também ocorreram nos aeroportos Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Congonhas, em São Paulo, Salgado Filho, em Porto Alegre, e JK, em Brasília.
Petroleiros de Duque de Caxias, trabalhadores da construção civil e metalúrgicos realizaram uma atividade na Reduc, pela manhã. Também ocorreram atrasos e atos nas plataformas da Bacia de Campos (RJ), na Usina de Xisto, em São Mateus do Sul e no Terminal Paranaguá,
no Paraná, na Refinaria Abreu e Lima (PE). Em São Paulo houve paralisações pela manhã nos terminais de São Caetano do Sul, na Transpetro em Guarulhos, e nas refinarias de Paulínia (Replan) e de Capuava (Recap), em Mauá, Na Bahia as mobilizações foram em frente às garagens dos ônibus que transportam os trabalhadores da Petrobrás, no Trevo da Resistência, que dá acesso à Refinaria Landulpho Alves, no Porto de Aratu, no Campo da Pólvora, na Transpetro e em Fazenda Bálsamo, na cidade de Esplanada. Bancários fecharam agências em São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Florianópolis, Teresina e Recife. Também teve paralisações no Banpará e Banco da Amazônia, na região Norte. No Distrito Federal fizeram um ato no aeroporto de Brasília para recepcionar os parlamentares. Também houve manifestações no Rio de Janeiro, nas cidades de Angra dos Reis, Macaé e Teresópolis, e em São Paulo, em Osasco, Guarulhos, no ABC, e cidades do interior como Catanduva e Jundiaí. Metalúrgicos do ABC paulista paralisaram nas montadoras Mercedes-Benz, Scania, Volkswagen, Ford e Toyota, entre outras empresas como a Otis, Grundfos Brasil, Proxyon, ZF e Magna Cosdma International. Também pararam motoristas de Santo André, São Bernardo do Campo, Sorocaba e Guarulhos, além de manifestações da categoria nas garagens de Salvador e Feira de Santana, na Bahia; Natal (RN) e Maceió (AL).
Professores da rede pública, funcionários dos Correios e urbanitários, assim como integrantes de movimentos Sem Terra e Sem Teto também realizaram diversas atividades durante todo o dia, em vários estados. Entre as estradas e rodovias interditadas a BR-101 na altura de Casemiro de Abreu, no Rio de Janeiro.