Vigilantes terceirizados que trabalham em locais como o EDISE (mesmo fechado para obra), EDISEN, EDIHB, Aeroporto de Jacarepaguá e o galpão na Dutra estão sem férias há 2 anos, pelo menos. Sem férias não recebem o dinheiro equivalente, e nem mesmo conseguem usufruir dos dias para descansar
Atualmente, esses trabalhadores estão na empresa Guard Angel, cujo contrato, pelo que soubemos, que durou três anos, terminou em 14 de agosto. Ainda pelo que soubemos, foi renovado por mais um ano. Ao longo dos três anos do contrato, a maioria dos vigilantes só pôde tirar férias uma vez. Estão, portanto, em sua maioria, com duas férias vencidas. São cerca de 90 trabalhadores nessa situação.
É importante lembrar que o descaso em relação aos vigilantes terceirizados se prolonga há anos. Para não voltarmos muito no tempo, destaquemos, por exemplo, que tomaram um calote da empresa Esquadra alguns anos atrás. O imbróglio continua no judiciário. Muitos ainda sequer receberam verbas rescisórias daquela época.
A empresa Front assumiu a vigilância terceirizada na ocasião, num contrato emergencial. Mas essas mudanças de empresa de modo “desorganizado” têm prejudicado muito os trabalhadores, inclusive dificultando que usufruam de um direito básico, que são 30 dias de férias a cada ano. É muito comum também que os vigilantes terceirizados sejam coagidos pelas empresas pra que peçam demissão na hora de uma mudança de contrato, a fim de garantir que as empresas não paguem como se os estivessem demitindo. Muitas vezes, a coação consiste, entre outras coisas, em dizer que, se não aceitar pedir demissão, não vai ser aproveitado na empresa nova.
Até quando a Petrobras vai lavar as mãos como Pilatos?
Imagem em destaque: Guard Angels