Sindipetro-RJ debate Transição Energética e produz documento para a COP 27

Ação junto com UFRJ, USP e o Instituto Internacional Arayara propõe que Petrobrás seja uma empresa com investimentos robustos em novas fontes de energia

A transição energética tem sido um tema discutido em todo o mundo, não só devido à urgência climática, mas também pela antecipação econômica e financeira em investimentos para a substituição gradual dos combustíveis fósseis.

Diante dessa necessidade de unir forças em prol da preservação do Meio Ambiente, o Sindipetro-RJ montou um grupo de trabalho com os diretores Antony Devalle, Lilian Boaventura, Natália Russo, Raira Auler e Rodrigo Esteves junto ao Instituto Internacional Arayara, a pesquisadores do programa USP Cidades Globais e a especialistas da Liga pela Universalização da Participação em Políticas Públicas Ambientais (LUPPA/UFRJ). O objetivo é a elaboração de uma cartilha que será apresentada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), que será realizada entre os dias 6 e 18 de novembro no Egito.

A cartilha vai propor à Petrobrás maiores investimentos na transição energética e principalmente na necessidade de retornar às ações voltadas a torná-la uma Empresa integrada de Energia, como já projetada em governos anteriores.
Diversos estudos apontam para a necessidade de abolir os combustíveis fósseis, principalmente dos veículos em um curto período de tempo e, com isso, é essencial a Petrobrás manter e diversificar áreas relacionadas como biocombustíveis, energia eólica, energia solar, entre outras, visando não só um mundo mais sustentável, mas também para a própria sobrevivência econômica do sistema Petrobrás. E não privatizando, por exemplo, a Petrobrás Biocombustível, importante braço desse setor! Olhando até pelo viés mercadológico, é cada vez mais comum o interesse de investidores apenas por empresas que mantém compromisso concreto nas metas ambientais.

Destruição causada por Bolsonaro

É urgente que haja uma maior participação da sociedade e das empresas no processo de descarbonização e o que se sabe é que são necessários investimentos mais potentes para se projetar um futuro com a dependência cada vez menor dos combustíveis fósseis. Mas, no sistema Petrobrás – maior empresa da América do Sul – são tímidos os projetos adotados no cumprimento do Acordo de Paris, tratado negociado na COP 21 e aprovado em 2015 para a redução de emissão de gases de efeito de estufa a partir de 2020 para conter o aquecimento global até o final do século.

Com lucro recorde de R$ 98,8 bi só no primeiro semestre deste ano, o projeto da hierarquia bolsonarista atual é de investir cerca de apenas R$ 5 bi em em compromissos ambientais até 2025. Vale lembrarmos que durante todo o governo Bolsonaro o que houve foi desmatamento recorde e emissões em alta, deixando o Brasil isolado e cada vez mais distante dos compromissos assumidos em Paris.

O Sindipetro-RJ e a Arayara, num esforço conjunto, iniciam essa parceria para trazer à sociedade discussões relacionadas à esse tema. Aos petroleiros cabe, além da primordial defesa de uma Petrobrás estatal, defender investimentos robustos em novas fontes de energia, porque a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico do Brasil estão diretamente ligados à sua infraestrutura e às suas fontes de energia.

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