Atualizado às 17h04 – 23 de setembro de 2019
A direção da Petrobrás tem demonstrado toda sua disposição para atacar o emprego e prosseguir com a destruição da empresa e com a politica de terror, perseguições e assédio, inclusive por vias judiciais. Para além do ambiente interno, também agride a população através da política de preços de combustíveis e do GLP. Por tudo isso, a greve é uma realidade cada vez mais próxima, necessária e inevitável para os petroleiros.
As representações sindicais participaram na quinta-feira (19) de mais uma reunião unilateral de mediação, dirigida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), fazendo seu papel de demonstrar que há plena condição da direção da Petrobrás atender os pleitos dos trabalhadores e reverter medidas que enfraquecem e destroem a empresa.
A avaliação é de que a direção da companhia, apesar de ter solicitado o apoio do TST com a mediação, de fato não fez qualquer esforço para que houvesse algum avanço. Pior, ao que parece, abusou do TST só para ganhar tempo, enquanto seguia e segue com seu pacote de maldades contra a população e os trabalhadores.
Para a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) , em função do que foi demonstrado também na mesa de negociação com a direção da Petrobrás ( de que não há porque atacar o emprego com PDAs, PDVs e demissões ou rebaixar o acordo coletivo, já que há margem para repor todas as perdas, garantir direitos e ganho real alinhados aos enormes lucros e resultados já constatados ) reafirmou ao TST a disposição da categoria de defender seus direitos, os empregos e a Petrobrás. De defender sua pauta a partir do “Nenhum direito a menos!” e fazer cessar as perseguições, assédios, punições que têm funcionado como ferramentas de gestão da destruição da empresa pela imposição de uma política de temor.
É importante frisar que essa proposta de ACT é do TST, sendo necessário que as duas partes, representações sindicais e Petrobrás, deem o aceite. Ainda, não tem sentido o aceite das Federações ou a realização de assembleias se a Petrobrás não o fizer primeiro e apresentar a respectiva Minuta de ACT, concretizando assim a interpretação do que o TST apresentar.
Portanto, é necessário avaliarmos a proposta, o aceite ou não da Petrobrás, e o quadro de ataques para organizar a Greve.
Solicitamos total atenção da Categoria Petroleira Nacionalmente
Podemos sofrer a maior derrota da história ou impulsionar todas as categorias, todos os trabalhadores à luta e à defesa de seus direitos, salvando a empresa da privatização, combinado com a defesa das riquezas nacionais que poderão garantir a base material para nosso desenvolvimento independente e soberano. Nesta semana, de segunda-feira (23) a quarta-feira (25), as federações se reunirão para avaliar os caminhos a serem seguidos. Ainda na próxima quinta-feira (26) terá nova assembleia para discutir os rumos da negociação, com avaliação da proposta do TST.
A categoria demonstra disposição de luta e já se organiza para a Greve para reverter todos os ataques em curso
Na quarta (18) foi realizada uma assembleia no Sindipetro-RJ em que foram passados informes sobre o andamento da mediação no TST; a situação e aceleração dos processos de venda de ativos da Petrobrás; a questão do assédio judicial contra dirigentes sindicais e aspectos práticos de organização da greve em cada unidade que envolvem mobilização, comunicação, legislação, segurança operacional, equipes de convencimento, negociação, comando local etc.
Em várias bases pelo país os trabalhadores já cobram a greve e se organizam concretamente para tal. Bases operacionais do Sindipetro-RJ, como TEBIG e TABG, apresentaram em assembleia um manifesto (http://bit.ly/ManifestoBase) em favor da greve, que já circula nas redes de Whatsapp: expressam a disposição de luta e chamam todos a deflagrar a Greve Nacional Petroleira!
No mesmo sentido, de organização, já foi iniciada uma agenda de visitas às bases, por comissões formadas a partir de quem já realizou greve e nos moldes como ocorreu na manhã de quinta (19) no CENPES.
Vivemos as últimas oportunidades de salvar a Petrobrás da privatização. A hora é essa!
Confira vídeo de avaliação da conjuntura petroleira e da proposta do TST http://bit.ly/AnaliseTST
A Greve Nacional Petroleira é tão necessária que os trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União declararam apoio à construção da greve petroleira. Veja a nota de apoio
Trabalhadores do Judiciário e Ministério Público apoiam a mobilização petroleira em defesa da Petrobrás