UFRJ apoia greve dos petroleiros

Na quinta (13), durante a reunião do Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), houve manifestação de apoio à greve dos petroleiros.

Manifesto

“Defender a Petrobrás é defender a Educação. Defender a Educação é defender o Brasil

No dia 1 de fevereiro, petroleiros e petroleiras da Petrobrás deflagraram uma greve. Quatro companheiros e uma companheira estão ocupando o prédio do EDISE, sede da empresa no Centro do Rio de Janeiro, em busca de negociação com a diretoria da Petrobrás contra o anúncio de fechamento da ANSA e, consequentemente da última fábrica de fertilizantes de uréia do Brasil, localizada em Curitiba (PR) e a demissão de mais de mil trabalhadoras/es, resultado da política de desmonte que a presidência da República vem aplicando na empresa.

Os estudantes e petroleiros possuem um histórico de lutas em defesa da Petrobrás, da soberania e dos direitos do povo brasileiro. A defesa da Petrobrás está na história da União Nacional dos Estudantes, assim como a UNE na história da Petrobrás, que foi fundada a partir da campanha “O Petróleo é nosso” conduzida pela entidade e que em 1953 teve como resultado a criação da Petrobrás.

Os estudantes, o movimento estudantil e as Universidades Públicas sempre cumpriram um papel essencial na disputa de ideias sobre a importância da exploração do petróleo para o desenvolvimento nacional, inovação, tecnologia de ponta, empregos e direitos sociais. Defender essa riqueza como patrimônio do povo é defender a soberania do nosso país. A luta dos 10% do PIB para a Educação, fruto do fundo social do Pré-Sal, é exemplo de como a Petrobrás é fundamental para uma educação de referência e qualidade no nosso país.

Vivemos hoje um período em que o conjunto dos direitos conquistados pela classe trabalhadora e seus filhos é fortemente atacado pelo governo federal. Já foi anunciado o interesse na privatização das nossas principais empresas estatais. No caso da Petrobrás, o sucateamento e o descaso são tantos que inúmeras sedes fechadas e milhares de trabalhadoras/es têm sido demitidos.

A Petrobrás é parte fundamental da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além de ter um enorme Centro de Pesquisas no Campus do Fundão, ela é responsável pelo desenvolvimento de pesquisa e tecnologia de ponta, que contribui não só para a excelência da universidade, como também para a soberania nacional do nosso país, tendo como principal exemplo o descobrimento dos poços profundos de petróleo do Pré-Sal, tecnologia desenvolvida por nós, brasileiros, através da parceria com a Universidade.

É necessário que estejamos ao lado dos petroleiros e petroleiras, porque a greve por eles deflagrada é uma greve em defesa do nosso país, da maior empresa estatal brasileira, da educação pública, gratuita e de qualidade e contra a subserviência da presidência da República aos interesses estrangeiros.

Defender a Petrobrás é defender a Educação. Defender a Educação é defender o Brasil.”

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