Nesta segunda-feira (7), o Grito dos Excluídos, sempre realizado no Dia da Independência do Brasil, que na sua 26ª edição teve como tema “Vida em Primeiro Lugar” e sob o lema “Este sistema não vale: lutamos por justiça, direitos e liberdade”, a atividade nacional organizada por diversos movimentos populares, pastorais e organizações políticas e sociais, mais uma vez foi um espaço de luta e denúncia.
Em meio à crise econômica e pandêmica causada pela COVID-19, diversas entidades se uniram em atividades presenciais e online. Foram diversas ações de solidariedade, como a distribuição de marmitas e o plantio de árvores, a pauta “Fora, Bolsonaro” também esteve presente em atos em diversas regiões do Brasil.
No Rio de Janeiro, o ato este ano foi realizado pela primeira vez sem a presença dos militares que não promoveram seu desfile militar na Avenida Presidente Vargas por conta da pandemia.
“Não temos independência no país, somos subordinados ao capital internacional e o nosso presidente é Donald Trump. Por isso, não há a menor legalidade, legitimidade e coerência em fazer um desfile militar no dia Sete de setembro. Quem tem que ficar na rua são os excluídos, os desgraçados, os explorados como nós que ainda temos que lutar para sobreviver” – afirmou André de Paula, advogado militante de direitos humanos e coordenador da Frente Internacional dos Sem Teto.
Solidariedade à greve dos Correios
O apoio à greve dos Correios também se fez presente no ato do Rio. Os funcionários dos Correios estão parados há três semanas, lutando pela continuidade do acordo coletivo firmado em 2019 com a empresa, que foi suspenso em razão da pandemia. Com isso, cerca de 70 cláusulas trabalhistas caducaram, entre elas a licença-maternidade de 180 dias, pagamento de adicional noturno, auxílio-creche e indenização por morte. Os trabalhadores também lutam contra a privatização da estatal.
Em defesa da Petrobrás
A defesa da Petrobrás e contra seu desmonte também marcaram presença a partir dos trabalhadores petroleiros que lutam também contra o desmonte da empresa promovido por Bolsonaro, Guedes e Castello Branco. Assim, como os trabalhadores dos Correios, os petroleiros seguem na luta pela prorrogação do atual ACT e contra os ataques contra seu plano de saúde, a AMS.
Fonte Brasil de Fato