UM RIO DE CAOS

Por um encontro para organizar as lutas no Rio de Janeiro!

O Sindipetro-RJ está dedicado a articular uma plenária, com data proposta para o próximo dia 19, para, com outros sindicatos, associações e movimentos sociais, discutir a crise econômica e política no Estado.

Dentro disso, ganha peso o desmonte da Petrobrás e por isso a ideia também é relançar a campanha ‘TODO O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO’, pela defesa da Petrobrás 100% estatal e do monopólio da empresa na exploração dos hidrocarbonetos.

No atual contexto de retirada de direitos dos trabalhadores, privatizações e desmonte da Petrobrás e do Estado brasileiro, as ações de recrudescimento da violência por parte do Estado na guerra às drogas e aos pobres, a Intervenção Militar Federal no Rio de Janeiro é ensejada como mais um item no pacote de maldades do governo Temer de seu “reformismo” neoliberal.

A ideia de convencer-nos, como faz a grande imprensa, de que a intervenção se justifica pela violência do crime organizado, esconde o fracasso da política econômica que destrói e sucateia a máquina administrativa do Estado do Rio de Janeiro, com atrasos de salários de servidores ativos e inativos, com a imposição de programas de privatização (CEDAE) e desinvestimentos da cadeia produtiva da indústria do  petróleo, como faz a atual gestão da Petrobrás.

Segundo o IBGE, o Rio de Janeiro teve, entre 2014 e 2017, um crescimento de 157% no desemprego passando de 494 mil em 2014, para 1,2 milhão de desempregados em 2017. Ainda segundo o levantamento divulgado em fevereiro de 2018, hoje a taxa de desemprego no estado é de 14,9%. Somando a esse contexto da pilhagem feita aos cofres estaduais nas gestões de Cabral e Pezão, que usaram a Copa do Mundo 2014 e a Olimpíada 2016 para justificar as falcatruas da sua turma do PMDB liderada na ALERJ, por Jorge Picciani.

Um ponto destacado pela pesquisa é o total de pessoas em desalento, que desistiram de procurar emprego no Brasil. Esse número bateu recorde no último trimestre de 2017, indicando que o mercado de trabalho não consegue reagir à falsa recuperação da atividade econômica após dois anos de recessão.

Justiça por Marielle e Anderson!

Ainda, segundo o IBGE, o perfil dos desalentados no Brasil na qual se incluem pretos e pardos,em maioria, jovens e pessoas no ensino fundamental que sofrem mais os efeitos da violência promovida pela Segurança Pública. Fato que a vereadora Marielle Franco denunciou com veemência, e que resultou no seu brutal assassinato, ainda estranhamente não elucidado, junto com o seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março último. Diante desta situação, O Sindipetro-RJ se solidariza nesta luta por justiça, e exige elucidação deste crime bárbaro e a punição imediata  dos mandantes e executores!

Por isso, fazemos uma chamado para reunir os movimentos comprometidos pelas lutas sociais para organizarmos os próximos passos contra a Intervenção Federal Militar, pela identificação e punição dos responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco e dos demais assassinatos que seguem a cada novo dia, bem como na luta pelo Fora Temer, Pezão e Crivella – principais responsáveis por este estado de coisas – e também, aproveitando a oportunidade para pautar a campanha ‘TODO O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO’, visando seu relançamento e coordenação junto ao movimento social e sindical no Rio de Janeiro e nacionalmente.

Sindipetro-RJ promove Mesa Redonda

Já neste contexto de mobilizações, o Sindipetro-RJ promoveu, no último dia 10 de abril, uma Mesa Redonda em que foi discutida a situação da Intervenção Federal Militar no Rio de Janeiro que contou com a participação de representantes da sociedade civil, favela, cultura, partidos e movimento social.

Entre os convidados: André, morador do morro da Formiga; Hertz Dias, vocalista do grupo de Rap Gíria Vermelha e pré-candidato a vice-presidente pelo PSTU; Jacques D’Ornellas, capitão reformado do Exército e ex-deputado federal; Marcelo Chalreo, conselheiro da OAB-RJ; Tatianny Araújo, feminista e membro da executiva do PSOL-RJ.

 

Últimas Notícias