A paralisação foi suspensa, mas está mantido o estado de greve. RH da Petrobrás concordou em estabelecer regime de TIR eventual
Os Técnicos de Segurança nas UMSs – Unidade Búzios reivindicam mudança do atual regime de Sobreaviso para TIR, mas cansados de esperar o cumprimento do ACT, desde 2023, fizeram paralisação. A Petrobrás respondeu com retaliações e o Sindicato ganhou liminar no Judiciário. Agora, o RH negociou implementar TIR eventual em 30 dias.
No início deste mês, os Técnicos de Segurança organizaram paralisação do serviço noturno e, ignorando as tentativas de negociação do Sindipetro-RJ, a Petrobrás agiu de forma arbitrária executando desembarques forçados e substituições por supervisores e embarques de profissionais que ainda não possuem experiência em plataformas, demonstrando postura inadmissível de rompimento com as regras de segurança offshore e de desrespeito aos direitos dos trabalhadores.
No dia 11/09, o Sindipetro-RJ entrou com processo no Judiciário, ganhando liminar que obrigou a Petrobrás a reembarcar os que foram forçosamente desembarcados e a se abster de alterar escala de serviços pré-definidas. Saiba mais
Na sexta (13/09), em resposta às questões apresentadas pelos sindicalistas em reunião, o RH da Petrobrás oficializou a implementação de TIR 12h eventual no prazo de 30 dias e se comprometeu a não aplicar sanções aos empregados que paralisaram os serviços noturnos.
Então, aceitando a proposta da empresa, os Técnicos de Segurança suspenderam a paralisação, mas seguem mobilizados, em estado de greve. Em ofício enviado ao RH nesta segunda (16/09), o Sindicato cobra o pagamento dos retroativos. E também dois aspectos que foram negociados, mas não foram incluídos no ofício enviado pelo RH:
– que os trabalhadores possam optar se querem ou não permanecer no Sobreaviso ou participar do revezamento do TIR eventual; e
– o fim de brechas ao assédio gerencial como a da composição de quem vai ou não participar efetivamente do TIR eventual, que, segundo a empresa, será uma escolha “conforme perfil e competências”.
Petrobrás, cumpra o ACT e respeite os direitos dos trabalhadores!