Quarta, dia 3 de janeiro, começa a greve petroleira, a forma encontrada pelos trabalhadores para combater a tentativa de Temer/Parente de rebaixar o ACT e privatizar a Petrobrás. Aprovada pelas assembleias de petroleiros das bases da FNP, incluindo o Rio de Janeiro, a decisão de ir à greve foi o resultado direto da intransigência da gestão Parente, que antes mesmo da campanha salarial já vinha atacando direitos históricos da nossa categoria e desmontando a empresa, como provam as vendas de ativos, as aberturas ao capital privado, o injusto equacionamento do Plano Petros 1 e as recentes tentativas de terceirização das operações.
A isso somam-se os retrocessos da proposta de ACT da empresa: reajuste de apenas 1,73% (mantendo as perdas salariais), redução do Benefício-Farmácia e da AMS, mudança do Auxílio-Almoço para Vale-Refeição, redução de garantias aos cipeiros e na volta das férias, entre outros.
Mesmo diante da reprovação quase unânime dessa proposta nas bases da FNP e do resultado dividido nas bases da FUP — indicando que a maioria dos petroleiros rejeita esse ACT —, a FUP, em mais uma escandalosa traição à categoria, esqueceu seu compromisso de não aceitar um acordo com corte de direitos, indicando a seus sindicatos a assinatura de um ACT nos moldes da empresa, sem nem tentar realizar alguma mobilização nacional dos petroleiros. Foi isso que queriam dizer com ‘um ACT do tamanho da mobilização da categoria’? Pactuar a perda de direitos?
A greve é, portanto, mais do que necessária. Todos à plenária que acontece hoje (2/1), às 17h, no Sindipetro-RJ (Av. Passos, 34 – auditório), para organizarmos a greve.