8M – Enfrentamento e superação das violências no trabalho

Nesta sexta (08/03), Dia Internacional da Mulher, o Sindipetro-RJ convoca a categoria para uma Conversa, às 12h, no EDISEN, com distribuição da camiseta “Lute como uma Petroleira”. A partir das 16h, visite a barraca do Sindicato na concentração para a passeata unitária geral que sairá da Candelária rumo à Cinelândia. Participe!

No Brasil, segundo levantamento da startup de aconselhamento jurídico Forum Hub, divulgada em 2023, cerca de 18,3% das mulheres já sofreram assédio sexual no trabalho, percentual 5 vezes (!) maior que o dos homens = 3,4%. 

Os advogados avaliaram que observam este cenário no dia a dia onde a maioria dos clientes que sofrem com violações trabalhistas graves são mulheres. 

Na pesquisa, quando a pergunta foi sobre assédio moral, 31% das mulheres relataram já terem sofrido esse tipo de violência, enquanto o patamar para os homens é de 22%.  

As violências ocorridas no  ambiente de trabalho causam danos físicos ou psicológicos.  

Visão global é alarmante

Em 2022, foi realizada a primeira pesquisa global sobre experiências de violência e assédio no trabalho conduzida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

O estudo verificou que 17,9% dos homens e mulheres empregados disseram ter sido vítimas de violência e assédio psicológicos em sua vida profissional. Outros 8,5% disseram ter enfrentado violência e assédio físicos. 

As mulheres são as mais expostas a assédios sexuais. 6,3% dos entrevistados relataram ter enfrentado essa violência no trabalho.

A pesquisa não parou apenas nas estatísticas. Os relatos de experiências de violência e assédio no trabalho levaram a uma melhor compreensão sobre questões enraizadas que passam por fatores sociais, econômicos e culturais. 

Vergonha, culpa, desconfiança

Os principais motivos de muitos não denunciarem e nem mesmo relatarem os casos de violência sofridos aos seus familiares, amigos ou colegas mais próximos, são relatados como descredibilidade nas instituições, porque tais comportamentos ainda são vistos como “normais”.

Comportamentos inaceitáveis

Globalmente, a pesquisa evidenciou que o grupo com mais probabilidade de ser afetado por violência e assédio no emprego é o de mulheres jovens.

Mais de 3 em cada 5 vítimas afirmaram ter sofrido violências múltiplas vezes em suas vidas profissionais!

A maioria relatou que o incidente ocorreu nos últimos 5 anos (entre 2018-2022).

Convenção 190 OIT

Numa tentativa de parar e enfrentar os altos índices de violência e assédio no trabalho, a OIT publicou a Convenção 190, em 2019, com disposições para serem aplicadas por meio da legislação e de regulamentos nacionais, incluindo extensão ou adaptação de medidas existentes de saúde e segurança no trabalho com o desenvolvimento de medidas específicas quando necessárias. 

Conheça o documento: https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/—europe/—ro-geneva/—ilo-lisbon/documents/genericdocument/wcms_729459.pdf

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