Manifestações no final de semana ocorreram em diversas cidades do Brasil
Centenas de manifestantes participaram de um protesto neste domingo (8), na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro , exigindo justiça no caso Mariana Ferrer, contra a cultura do estupro e contra a violência de gênero. O Sindipetro-RJ e a FNP se fizeram representar com integrantes do GT de Diversidade e Combate às Opressões. Confira o manifesto publicado pelo GT do Sindicato.
Atos semelhantes também ocorreram em outras capitais, como São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza dentre outras cidades.
A influenciadora digital Mariana Ferrer, de 23 anos, foi humilhada durante audiência judicial que analisava denúncia de estupro registrada por ela que tinha como réu o playboy catarinense André Camargo Aranha. Na audiência o advogado de Aranha, Claudio Gastão Rosa Pinto, fez insultos a Mariana, na tentativa clara de desconstruir a moral da influenciadora que foi violentada na boate “Café de La Music” em Florianópolis, em 15 de dezembro de 2015. O julgamento ocorreu em setembro último com a absolvição do acusado.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Brasil, 180 mulheres são estupradas a cada dia – em sua maioria (54%) meninas de até 13 anos de idade. Esses números se referem aos casos notificados à polícia. Contudo, isso representa apenas 7,5% dos casos, o que significa que esses números se multiplicam, tornando esses dados ainda mais alarmantes e revoltantes.Os mesmos dados revelam que 75,9% das vítimas conheciam seu abusador (parentes, companheiros, amigos, etc).
Além desses números, o que assusta é a naturalização do que pesquisadoras e ativistas têm chamado de ”cultura do estupro”, que prega a culpabilização da vítima pelo seu estupro. O que aconteceu de fato com a influenciadora digital Mariana Ferrer.
O Sindipetro-RJ se reafirma como diligente no combate à toda e qualquer violência de gênero e na defesa do direito de ser.