Por iniciativa da gerência executiva de Comunicação, a Petrobrás anunciou na sexta-feira (24), as novas regras para utilização dos canais internos de comunicação. Sob o pretexto de “evitar o ódio” nos comentários, foram criadas diversas restrições.
Além de alguns parâmetros definidos pela empresa estimularem um clima de denuncismo policialesco entre os petroleiros, ainda ameaçam abrir sindicância contra comentários que sequer foram publicados, caso venham a ser barrados pelo moderador.
A empresa afirma no comunicado que a mudança segue as “tendências de redes sociais e portais em geral” já que “nos últimos tempos vem crescendo a hostilidade entre os usuários na Internet”.
Também afirma que “diariamente, recebemos diversos comentários que não refletem as crenças e as atitudes que queremos construir dentro da companhia. Mesmo quando esses comentários recebidos não são publicados, entendemos que eles vão em direção oposta àquela que buscamos”.
Entre os diversos pontos da “nova política” destacam-se as instruções sobre como proceder para denunciar comentários, mensagem ou conteúdo publicado ou compartilhado, considerado ofensivo ou impróprio, mesmo que tenha sido aprovado previamente por uma equipe de moderadores: “mensagens ou conteúdos que eventualmente tenham sido reprovados e não publicados, ou mesmo publicados e posteriormente excluídos, e que violem estes termos e condições, bem como as demais políticas e normas da Petrobras, poderão ser encaminhados para análise da Comissão de Ética, da Ouvidoria ou de outros órgãos internos, e seus autores poderão sofrer as consequências cabíveis, conforme Padrão Sinpep sobre regime disciplinar vigente”.
Versão do impresso Boletim LXXXVII