Milhares de mulheres estiveram nas ruas em todo o mundo no domingo (08), chamando a atenção para os direitos pela preservação da vida e pela igualdade com os homens. No Brasil, não faltou o “Fora, Bolsonaro” e o “Ele, não!” que demonstram a crítica a um governo que na pessoa do próprio presidente é ofensivo às mulheres.

Esse ano, a organização do 8M no estado do Rio de Janeiro optou por descentralizar as atividades e, de forma simultânea, aconteceram manifestações, por exemplo, no Cais do Valongo, em Copacabana, Duque de Caxias, Niterói, Cabo Frio, Teresópolis e Friburgo. O assassinato de Marielle Franco, que completa dois anos na sexta (14) – quando um ato vai cobrar quem mandou matar a vereadora – foi amplamente relembrado.

“Corteja”

Com oficinas de pintura corporal e de instrumentos, a organização do 8M promoveu na Praça Mauá um evento chamado de “Corteja”, que reuniu as mulheres que tocam instrumentos nos blocos de carnaval do Rio de Janeiro. Elas saíram pelas ruas do porto, apresentando músicas e danças em jograis enfatizando temas importantes como a legalização do aborto. “Estamos com muita esperança que a Argentina realmente legalize o aborto, para nos dar energia para a discussão deste assunto que ainda é um tabu no Brasil, ainda mais no governo Bolsonaro”, afirmou Flávia Prata, do coletivo “Nós ela legalização do aborto”.

https://www.facebook.com/sindipetrorj/videos/191059665673690/

No dia 09, o 8M toma conta das ruas do Centro do Rio

Nesta segunda (09), unificando todos os coletivos, aconteceu a tradicional passeata que saiu da Candelária, Centro do Rio, e contou com milhares de pessoas. Com uma coluna e faixas, as mulheres petroleiras marcaram presença no ato, dando seu recado em favor da democracia, contra a violência e o feminicídio, a discriminação e o assédio.


“Fizemos esse ato do 8M neste dia 9 de março para dialogar com as mulheres que trabalham aqui no Centro do Rio de Janeiro. É um ato que é realizado pelo mundo inteiro, como no Chile, em que mais de um milhão de mulheres foram às ruas neste domingo (8), assim como foi na Argentina, EUA e em vários países. Assim, as mulheres pelo mundo vêm dando respostas a vários governos autoritários que querem acabar com os seus direitos. Nós, mulheres
petroleiras também estamos nesta luta, depois da greve, resistindo a esse governo de Bolsonaro e a gestão da Petrobrás que quer tirar os nossos direitos” – falou a diretora do Sindipetro-RJ, Natália Russo.

Com a presença de servidores públicos da Justiça, Educação, SUS e Fiocruz, entre outros trabalhadores e trabalhadoras de estatais e autarquias, o protesto era também contra o governo de Bolsonaro e o pacote neoliberal de Paulo Guedes que desmonta e privatiza o Brasil. Moara Zanetti, diretora do Sindipetro-RJ falou sobre o ato e fez um chamado para outros atos agendados ainda para este mês de março: “Foi um grande ato, bonito e bem representativo, que contou com mulheres de todos os lugares e também com a presença de companheiros que apoiaram o ato. Continuamos no dia 14 de março com o “Justiça por Marielle” e no dia 18 com a Greve da Educação. Esses são os vários movimentos e mobilizações em que as mulheres estão à frente!” – disse.

https://www.facebook.com/sindipetrorj/videos/2926134027429935/

Destaques