Sindipetro RJ cobra transparência na PLR-PRVE
O Sindipetro-RJ e ambas as Federações reforçaram enfaticamente na mesa de negociação de hoje que a nossa reivindicação é a PLR e que o PRVE e o PPP servem apenas para penalizar pessoas que saem em auxílio doença, forçar subnotificação de acidentes de forma irresponsável e criminosa.
Não custa aqui citar uma videoconferência feita junto a centenas de trabalhadores do país em que um gerente diz, sem pudor ou constrangimento que as pessoas têm que ir trabalhar doentes. A empresa negou que seja essa a sua orientação, contudo, é isso que na prática estão fazendo.
O PRVE-PPP não serve nem mesmo para o que a atual gestão da empresa discursa, que é a valorização do mérito e do desempenho, ainda que sob seus próprios parâmetros. O estímulo é apenas para gerentes que serão presenteados às custas dos resultados dos trabalhadores/as para melhor servir à privatização da empresa e os processos de assédio, sanções administrativas e elaboração de listagens dos empregados “dispensáveis” das gerências. Soma-se aos absurdos o fato das notas de GD terem sido rebaixadas e o peso das metas modificados, para adaptá-los ao PRVE. Em mais essa arbitrariedade, não houve nenhuma explicação precisa para os trabalhador@s. Talvez porque não haja mesmo explicação! Como justificar, por exemplo, a redução do peso de uma meta importante somente para reduzir a nota do GD e consequentemente o PRVE?
As arbitrariedades são muitas, e por elas, e muito mais, defendemos a PLR.
Contudo, a categoria está cobrando que, existindo o PRVE nessa conjuntura, ele precisa ser menos obscuro e, por isso, o Sindipetro-RJ reforçou junto aos representantes da empresa a necessidade de divulgar a memória de cálculo e o regramento do PRVE na íntegra.
Os representantes da empresa que foram abordados ao final da mesa afirmaram que complementarão o regramento publicado e responderam que:
1. As horas do Beneficio aleitamento e aquelas relativas ao PAE não impactam no cálculo do PRVE.
2. Profissionais de nível médio e empregados com carga horária reduzida só tiveram prejuízo em função do valor de suas remunerações;
3. Licenças estendidas por parto prematuro entram como licença maternidade, por isso, não sofrerão impacto;
Contudo, permanecem as demais e graves arbitrariedades no regramento e na própria concepção e objetivo do Programa . Por isso, Sindipetro-RJ, FNP e FUP reivindicaram que não haja desvio de recurso dos lucros da empresa para o PRVE-PPP e sim seja todo investido na PLR. Nosso foco é realizar as movimentações e disputas judiciais necessárias para tanto denunciando a empresa por conta da suspensão unilateral de negociação da PLR.