Ao longo das últimas duas décadas, vimos um avanço na sociedade e também nas instituições relativas ao debate de diversidade e opressões, onde se inclui a questão de gênero
No Sistema Petrobrás, por exemplo, vimos algumas iniciativas como o uso do nome social, as luzes coloridas do EDISE pelo Dia do Orgulho Gay e algumas outras. O Código de Ética da empresa e a política de responsabilidade social refletem os avanços desse debate, assim como compromissos junto à órgãos externos, como em 2003, a adesão ao Pacto Global cujos princípios estão relacionados a Direitos Humanos e práticas de Trabalho; A participação, desde 2006, no Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do Governo Federal; desde 2010 o compromisso com os Princípios de Empoderamento da ONU Mulheres.
Na prática porém, quando nos deparamos com situações concretas no cotidiano de trabalho, percebemos que não necessariamente existe uma coerência efetiva entre o discurso e muitas das práticas.
Ainda assim, o GT de Diversidade e Combate às Opressões reivindica esses avanços.
Se, por um lado eles são tímidos ante os desafios colocados sobre o tema e em sua aplicação, por outro, ante um Governo que tem regredido tão fortemente nesse debate, atentando contra as liberdades individuais, políticas; Que tem buscado ludibriar a realidade das opressões e desvalorizar a diversidade, tratando como “mimimi”, vitimismo, entre outros termos desqualificadores e ignorantes, defender esses avanços se faz necessário.
E, não esqueçamos, Damares e Castello Branco foram escolhidos a dedo por esse governo.
É certo que precisamos avançar muito mais! Mas nós, mulheres petroleiras, também reivindicamos esse patrimônio político do Sistema Petrobrás, reflexo da mobilização de milhares de mulheres organizadas, ousadas e fortes, fora e também dentro da Petrobrás.
Versão do impresso Boletim 199 – Especial 8M