Ação pretende colher amostras de 30% dos trabalhadores que atuam em plataformas, terminais e no CNCL para retratar a realidade da infecção no ambiente de trabalho
Na manhã desta quarta-feira (23) foi iniciada no aeroporto de Jacarepaguá a campanha “Testes COVID-19”, uma parceria entre o Sindipetro-RJ e UNIRIO que vai realizar testagens para avaliar a situação de contaminação em plataformas (em parceria com o Sindipetro-LP) e terminais e o centro de controle da Transpetro (TABG, TEBIG e CNCL). A campanha vai até o dia 16 de outubro com uma tenda fixa em Jacarepaguá e unidades móveis nas unidades da Transpetro.
O objetivo da ação é fazer um recorte da situação nestes próximos dias para tirar uma “fotografia” que vai expressar como está a realidade a bordo em plataformas e a rotina de quem atua nos terminais e CNCL, para identificação de possíveis casos de contaminação da COVID-19.
O modelo de testagem que está sendo utilizado nesta parceria entre o SindipetroRJ/Sindipetro-LP e a UNIRIO é o “IgG e IgM” , que já foi utilizado em trabalhadores da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. A Petrobrás também aplica o modelo de teste algumas de suas unidades.
Testagem para trabalhadores próprios, terceirizados, de afretadas e aeroporto
Segundo o planejamento da iniciativa serão realizadas amostragens em cerca de 30% desses trabalhadores (próprios e terceirizados) e também de afretadas (Modec e SBM) em ação de parceria com o Sindipetro-LP, bem como dos trabalhadores dos terminais da Transpetro e no seu Centro Nacional de Controle e Logística (CNCL). A ideia é fazer um recorte da situação nestes próximos dias para tirar uma “fotografia” que vai expressar como está na realidade a bordo no momento em plataformas, na rotina de quem atua nos terminais e CNCL, para identificação de possíveis casos de contaminação.
Transpetro não faz testagens
Nos terminais da Transpetro, não estão sendo realizadas testagens para COVID-19. Desta forma é impossível saber se o empregado está em condições seguras de trabalho, ficando a mercê da própria sorte em caso de contrair ou não a doença, que no Brasil já causou a morte de mais de 134 mil pessoas, com o registro de 4,5 milhões de casos desde o início da pandemia.
Em plataformas testagens não são feitas no desembarque
A situação se repete nas plataformas da Petrobrás. A empresa realiza testes somente antes dos embarques, não repetindo o teste no desembarque após o trabalhador ficar entre 14 e 21 dias embarcado, tendo contato próximo com outros colegas em refeitórios,camarotes e espaços reduzidos, em exposição permanente. Ao sair este profissional volta para casa em um “voo cego”, levando o risco de contaminação para si e sua família.
Também está garantida a testagem para toda força de trabalho que atua no aeroporto de Jacarepaguá, onde ficará a barraca de testagem para monitoramento, conforme entendimentos feitos com a Infraero, concessionária do aeroporto que centraliza os embarques/desembarques das plataformas que operam nas bases do Sindipetro-RJ e do Sindipetro-LP.
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