Greve dos Garis do Rio: base dos trabalhadores exige negociação já

Apesar da representação sindical ter indicado suspensão da greve por dois dias, por causa das chuvas, os garis seguem em greve

Mesmo depois do anúncio do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro ( SIEMACO-Rio), de suspender a greve dos garis da Comlurb até a meia noite de segunda-feira (04/04), a base dos trabalhadores não arreda pé da luta e segue firme exigindo negociação com a Prefeitura do Rio. Representações do movimento paredista, como o Círculo Laranja, questionam que o sindicato não realizou assembleia com a base dos garis para suspender a greve por causa das chuvas.

Ainda na manhã desta segunda está sendo realizada uma assembleia na sede do sindicato, no bairro na Tijuca, Zona Norte do Rio, para definição dos rumos do movimento.

Os garis reivindicam reposição de 25% em das perdas salariais, pagamento do adicional de insalubridade para determinadas funções e conclusão do plano de cargos, carreiras e salários.

Por sua vez, Eduardo Paes, prefeito do Rio, se mostra irredutível em não negociar e usa os “meganhas” da Guarda Municipal para intimidar os trabalhadores, promovendo detenções, como aconteceu com lideranças do movimento. Uma das integrantes da comissão de negociação da categoria, Roberta Gari disse que Eduardo Paes não pode colocar nas costas dos garis um “estado de alerta” por chuvas intensas no Rio de Janeiro, decretando o fim de uma greve em que os trabalhadores reivindicam seus direitos.

“O prefeito Eduardo Paes fez um gasto de mais de R$ 7 milhões para o plano de contingência, para substituir a mão de obra dos garis nas ruas da cidade. E agora, ele não garante se esses novos contratados vão de fato continuar o trabalho dos garis em greve” – alerta.

Paes, com apoio da mídia carioca, tenta desacreditar e criminalizar o movimento dos garis, que está sendo pechado por ambos como baderneiro. O fato é que a burguesia carioca representada por Eduardo Paes não suporta o cheiro da realidade, e os garis tiram a tampa da basura e desconstroem a imagem de “bonzinho” e “gente boa” de Eduardo Paes, mostrada periodicamente pelo RJTV. É preciso “tirar o chapéu” para os garis em sua luta, e o Sindipetro-RJ presta solidariedade classista ao movimento!

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